lavadeiras do rio depõem roupas
ao ocaso
eu ando em frangalhos,
esmerilho nos pés
de areia, deserto e acaso é
feito o caminho
lavadeiras do rio expõem
migalha e anágua
eu sou o couro desse vazio,
pele sem ninho
de seixo, pedra e mormaço: o
brilho na cruz
a faca no olho, o minério, o
susto no soslaio
as lavadeiras do rio suspiram o
fiar da água
enquanto sonho cioso o caos dos
girassóis
8 comentários:
todo caos dessa poesia tua dança, sacode, arrebenta em palavras
beijo Assis
Poeta Assis, você é "O POETA"!!!!
Uma "minissérie" esse seu poema.My gosh!!! De gênio!!!
Mileinfinitos parabéns!!
Um beijo pra você, poeta Assis,e bom dia!!
p.s. achei engraçado a "faca no olho". :)
Belíssima metáforas!
Um beijo
Cheininho de palavras com sabor que me agrada o padalar...:-) "Seixo"...palavra sonora e de movimentos lentos.
Quero aqui os 2001.
Beijos, querido.
em frangalhos escorrem as gotas do que guardo, das nuvens que não deixo voar...
tão bonito poema o seu.
beijoss
Assis, as lavadeiras expõem suas migalhas e você, ainda bem, expõe lindamente seus poemas. Beijo
http://pensamento-livre-sa.blogspot.com.br/
deixaste-me o cheiro de água e sabão..
da cor e da flor..
beijo poeta
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