para Nydia Bonetti
com quantos corpos se faz a
solidão
com quantos mares se traga o
amor
com quantas esperas se bebe a
dor
para quantas margens convergem
o alvoroço de pétalas, o voo
silente
repentino de sílaba que não
alvorece
as coisas que se escondem
enfermas
como a ária antiga esquecida na
voz
com quantos anseios se rasga o
peito
se o abandono é olor que beija
a pele
7 comentários:
o abandono é uma das piores invenções do homem, zé de assis.
mas ele, o abandono, não chega nas canelas da solidão convivida.
essa sim, a madrasta de todas as solidões.
abração,
r.
glupt, q poema.
Perguntas sem respostas, apenas devaneios.
Abraço
para quantas margens se convergem
o alvoroço de pétalas, o voo silente
repentino de sílaba que não alvorece...
Isso é Assis, isso é poesia, isso arrepia!
Beijos,
Fiquei triste ao ler, pois me remeteu a experiências pessoais...
"as coisas que se escondem enfermas
como a ária antiga esquecida na voz"
vaguei por esses versos.
na dimensão do silêncio das palavras que no amor se vão
abs mano Assis
soubéssemos nós as respostas e o abandono se faria fera amansada e os poetas os feiticeiros dos homens.
abraço!
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