sexta-feira, 16 de agosto de 2013

1001 + 77 - Ária de estertor para contralto profundo

Ela não mais virá
Com citações da Hilda
Ou poemas de Leminski
Há agora este real flamejante
O diário íntimo do cotidiano
A febre do fazer, estar, resistir
Este apelo cruel da existência
Dos duodécimos bancários
A contabilidade do pão, do leite
Ela não mais virá
Contemplar os mortos da página
A remissão do silêncio e das palavras

11 comentários:

Tania regina Contreiras disse...

Ah, menino Assis, a febre do fazer só não pode estancar a outra Febre, às vezes temo e clamo por ela, com todos os seus delírios.

Beijos, adorei o poema.

Wanderley Elian Lima disse...

Desistiu.
Abraço

Primeira Pessoa disse...

a página, um cemitério de palavras.

imagem que fica, quando ela não vem.

beijão, poeta.

r.

Daniela Delias disse...

Este real flamejante.

Belo!

Cheiro

na vinha do verso disse...


é pelos cantos
comezinhos
da palavra

abs mestre

Ingrid disse...

refazer-se..
beijo poeta!

Unknown disse...

quem esteve pode não mais ficar mas não desaparece definitivamente... mesmo não remindo, o corpo acende memórias.

abraços!

Ana Cecilia Romeu disse...

Que a Poesia não faleça de realidade.

Beijos, Assis!

marlene edir severino disse...

Se abastecendo de Hilda e Leminski
mas virá!

Anônimo disse...

A poesia carrega em si o dom de encantar... Quem ler... E quem se propõe a escrever... Teus versos me encanta! Valdenir Cunha (Val Cunha).

Teté M. Jorge disse...

Sempre re-aparecerá....

Beijos.