(à guisa de um diálogo com
Wilson Caritta Lopes)
Guardei nuvens em teus ninhos
Agora me vens em tempestades
Fulguras assim em cisma e raios
Fria lágrima cristalina sem
idade
Tão nu sou tu nesta silhueta
rude
Inverso de um outro que se abre
Do que sinto com a veste
infinda
Semente de céu deveras
anunciada
Assis Freitas
*O cara da tempestade*
Guardei sua chuva nos meus
ninhos,
desde então, pressinto
tempestades,
livro-me de toda roupa, logo
que sinto
as primeiras ventanias
encharcadas.
Eu me visto com seu corpo,
e mesmo de olhos fechados
defino a silhueta dos seus
ombros
sob raios e cismas da pior seca
Surja pelas sombras negras
deixe que as lágrimas vertidas
pelo céu transformem-sêmen...
Pode inundar a terra trazendo
vida
este amor com cara de alma
lavada
levando nossa semente
apaixonada.
Wilson Caritta
10 comentários:
Que maravilha mestre Assis, esse diálogo me emocionou muito. Lindo eco de aliança... Evoé Mestre!!
forte abraço.
Maravilhoso! Beijo grande, Assis e Wilson.
quando as palavras enfeitiçam renomeando o que até então tinha nome... falso: é esse o efeito da grande poesia - aqui em voz amplificada.
abraço a ambos!
de uma semente de céu, às vezes brota uma flor de inferno, meu poeta grande.
nuvens, raios de neon.
música de trovão.
pode chover relâmpagos.
abração,
r.
Nem sempre quem semeia vento, colhe tempestade.
Abraço
Puro talento!!
Abraço!
muito bonitos
beijo pra você e Wilson
Encontro de gente grande: muito bom!
Beijos,
Um diálogo onde a poesia se eleva à altura de um céu limpo.
Um beijo
Dois belos exemplares da mais pura vértice poética, gostei de ler.
Beijo Assis...
Saudações Wilson!
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