terça-feira, 16 de abril de 2013

1001 + 62 - Ensaio sobre pactos, cactos e espinhos


Tudo o que conheço são caminhos desolados
Paisagens remotas de homens sozinhos
A fome, a sede, a angústia
Nada que eu possa compartilhar sem febre
Neste incêndio que assola as retinas

16 comentários:

Unknown disse...

Belos poemas poeta, prazer em conhece-lo, abraço

Lídia Borges disse...


Tanta claridade, cega.


Beijo meu

Wanderley Elian Lima disse...

Pior de tudo, é que isso é a pura verdade.
Abraço

Anônimo disse...

Olha só, nós dois falando de febre nos olhos. Sim, sem ela não se acende a poesia.

Beijo.

Ingrid disse...

visão amarga e dolorida..
beijo Assis poeta maior..

Gustavo disse...

E o poeta transforma o mundo que vê em poesia!

Abraço!

Eleonora Marino Duarte disse...

poeta,

minha retina se iluminou na chama da sua palavra bem dita...

um beijo imenso.

Tania regina Contreiras disse...

Estados febris nos põem a ser dessa gente que espreme a ferida e ampara a flor que nasce. E se fez luz!

Beijos,

Vais disse...

arde
ardência
quente
quente
as veias vermelhas tomando o branco ao redor

cheiro

Primeira Pessoa disse...

a aliteração comeu solto, no título.
minha lingua ficou dançando dentro da boca, naquilo que eu lia.

e o poema fez-lhe jus.

abração, broda.
r.

Anônimo disse...

A febre que me pegou.
Que poesia de dar água na boca e molhar os olhos. Dá vontade de gritá-la aos ventos.

Beijo!

Cecília Romeu disse...

É verdade, Assis, moço-poeta.
As retinas assoladas por tudo, e por nada... e que dependem de Poesia como esta tua para sobreviver frente a isso.
Beijos!

na vinha do verso disse...


compartilhar desertos
pode ser miragem na retina
mas
como o poema ilumina
não é na alma

abs Assis

Unknown disse...

do tudo que se faz nada.
nem de propósito: hoje relia camões e os seus sonetos e lá estava, naquele jeito clássico de dizer, que o tudo logo se converte em nada quando (e agora recuperando o teu derradeiro verso) o incêndio assola retinas. há verdades assim: como o tempo: passam com ele, matam mas não aprenderam a morrer (ou não desaprenderam de... viver).

abração, poetamigo!

Cris de Souza disse...

Penso que és mestre em descaminhos...

Beijo, meu queridão!

marlene edir severino disse...

À flor da pele
feito espinho
de cacto

Beijão, Assis!