o poema se deita sobre a imensidão
há todo um abismo à espera
para o breve estilhaçar dos
olhos
assim sob a pálpebra da
vertigem
convenço-me de que sou apenas
pele
limo, visgo do que me sopra a
palavra
enquanto se repartem os grãos
do caos
assisto ao êxodo silente dos
axiomas
no incessante e pueril cortejo
dos gestos
7 comentários:
Que bela canção, que profundo poema que cabe no abismo!
Abraços de girassóis!
Oi Assis, que poema, que poema!!!!
Uma caída no início que vai ser erguendo na segunda estrofe depois passeia leve pelos olhos do poeta!!!
Amei!!!!
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Lindíssimo, meu caro!!!!!
"o poema se deita sobre a imensidão
há todo um abismo à espera
para o breve estilhaçar dos olhos"
O que há de pensar meu amigo invisível[que por sinal escreve versos] ouvindo-te, irmão
...
forte abraço.
ouço em tua canção a alma da música que tu representas, Assis, sutilezas próprias do encanto de gestos escritos.
Uma canção que ecoa aos quatro ventos.
Belíssima!!!
"O estilhaçar dos olhos" me levou à teologia "amilenista".
E eu lhe "diria" que a Grande Tribulação ainda está por vir.
Um beijo, poeta Assis.
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