sexta-feira, 16 de novembro de 2012

1001 + 22 - canção de gesta para o apocalipse do vento


o poema se deita sobre a imensidão
há todo um abismo à espera
para o breve estilhaçar dos olhos

assim sob a pálpebra da vertigem
convenço-me de que sou apenas pele
limo, visgo do que me sopra a palavra

enquanto se repartem os grãos do caos
assisto ao êxodo silente dos axiomas
no incessante e pueril cortejo dos gestos 

7 comentários:

Tania regina Contreiras disse...

Que bela canção, que profundo poema que cabe no abismo!

Abraços de girassóis!

R. Vieira disse...

Oi Assis, que poema, que poema!!!!

Uma caída no início que vai ser erguendo na segunda estrofe depois passeia leve pelos olhos do poeta!!!

Amei!!!!

Anônimo disse...

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Unknown disse...

Lindíssimo, meu caro!!!!!

Domingos Barroso disse...

"o poema se deita sobre a imensidão
há todo um abismo à espera
para o breve estilhaçar dos olhos"


O que há de pensar meu amigo invisível[que por sinal escreve versos] ouvindo-te, irmão
...

forte abraço.

Rejane Martins disse...

ouço em tua canção a alma da música que tu representas, Assis, sutilezas próprias do encanto de gestos escritos.

Lau Milesi disse...

Uma canção que ecoa aos quatro ventos.
Belíssima!!!
"O estilhaçar dos olhos" me levou à teologia "amilenista".
E eu lhe "diria" que a Grande Tribulação ainda está por vir.

Um beijo, poeta Assis.