Onde estavas tu que não
vinhas
Em que nuvem pairava teu passo
Em que flecha, em que alvo
Soprava o dardo, ardia o
cardo
Não foste tu o incêndio, não
foste
Era antes líquido, o céu
queimava
Vieram corcéis ou cavalos
marinhos
Vieram tão atônitos em
tempestade
Laminas rupestres no sol da
tarde
A fúria destroçada dos
espelhos
A queimadura de areia e
agulhas
Em véspera de infatigável
espera
4 comentários:
seus títulos já são um poema inteiro.
quando chego ao dito-cujo, já tô todo lenhado.
trem mais doido.
trenheira.
Nunca os títulos são promessas incumpridas...
Lídia
Incêndios líquidos são os mais quiamantes. Belíssimo, Assis!
Beijos,
em véspera de infatigável espera dançam as salamandras!
teu poema é um arroubo, pra variar.
beijo, mestre!
Postar um comentário