“Temos a arte para não morrer
da verdade”
Friedrich Nietzsche
Não sei por que razão coleciono
estragos, abismos, desvios
Tenho uma inata propensão ao
silêncio
Quando me olham eu enrubesço
Mas na maioria das vezes sou
invisível
Nunca me atraso, nunca me
esqueço
Estou sempre atento, cordial,
solícito
Com um interesse imediato aos
afetos
Cultivo a arte de não morrer de
tédio
De disfarçar a verdade com o
sorriso
De oferecer possibilidade ao
encontro
Afora isso não há nada de
precioso,
De virtudes graves, apenas
melancolia
Uma terrível e imensa
melancolia
11 comentários:
Poderia ter escrito este poema, se fosse capaz de encontrar palavras tão íntimas do sentir.
"Apenas melancolia
Uma terrível e imensa melancolia"
Um beijo
na arte eternizamo-nos..
belíssimo sempre Assis..
beijos..
[como se tudo tão vão ou tudo tão grave; para essa arte de quem se alimenta do tempo, o remédio tarda.]
um imenso abraço, Amigo Assis
Leonardo B.
Cada palavra posta cuidadosamente em seu lugar, ritmada e saborosa. Poesia pura, rara, sóbria e bela.
Abç, Poeta.
Fez um longo tempo que não passei por aqui e durante pouco tempo lendo este poema me surpreendi! Nietzsch é um grande inspirador pra mim e encontrei palavras aqui que eu já sofri... Bom domingo pra você!
verdade verdade
verdade verdade
verdade verdade
verdade verdade
verdade verdade
verdade verdade !!!!!!!!!!!!!!!!!
Isso é viver. Uma sensação de incompletude que jamais se acaba. Faz parte de nós. Fazemos e somos pra alcançar algo que prevê nossos movimentos feito ums sombra. No fim precisaremos de algo a mais.
Abraço!
Assis,moço-poeta!
Silêncio e melancolia, dois centímetros para o infinito da poesia.
Beijos!
Visível é a tua maestria! Poeta da tua categoria, dá pra ler com o terceiro olho.
Leve-me nas asas da imaginação e deixa o pensamento vagar... E então o amor e a magia, nos faz sonhar... Teus poemas são luxuosos, dignos de tapetes vermelhos e pétalas de rosas. Muito lindo!!! Abraços.
Valdenir Cunha da Silva
Muito belo!
Compartilhei no FB, se me permite.
Suzana Guimarães/Lily
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