sábado, 15 de setembro de 2012

1001 + 11 - canção para florais silvestres e essência de nuvens


não é de um sonho que te falo
nem do vazio que nos habita
nem mesmo de florais e lilases
há um gosto de areia nos olhos
um mar inacessível em vagas
há o rijo, mineral, imarcescível
essas coisas dunas a incendiar
desertos, ilhas e promontórios

não é de um sonho que te falo
quiçá de quimeras e desalinhos
coisas que nos imantam o peito
há os girassóis em eterno ciclo
a ausência, o castigo, a demora
a babel de todas as linguagens
o cais em que tememos ancorar
esta atroz e infindável distancia


*Poemas meus na revista Mallarmargens, um luxo!

http://www.mallarmargens.com/2012/09/3-poemas-de-assis-freitas.html

12 comentários:

Lau Milesi disse...

Nossa, poeta Assis!!! Que chose mais linda!!! Parabéns, poeta! Tenho o maior orgulho de ter sido sua A.I. por um dia.:)
Vamos dar um repeteco nessa Assessoria.
Um beijo e bom fim de semana.

(pulei do face pra cá):)

Teté M. Jorge disse...

Impressionante sentir!!!!

Beijo carinhoso.

Primeira Pessoa disse...

véio, bora trocar o primeiro 1 por um 2?

doismileum, uma odisseia em feira!
you can do it!

quanto ao poema, uma dor a mais para o meu dia, esse punhado de areia, esse ardume.

beijão do

roberto.

Cissa Romeu disse...

Assis, moço-poeta!
Dos bons, é você.

'Essa coisas dunas'..., porque além da geografia, muito além, existe aqui, bem próximo, na sétima ou oitava gaveta atrás do coração, uma caixa-forte que vendaval nenhum leva, apenas traduz.
Belo poema!

Beijos e ótimo fim de semana!

Lídia Borges disse...


"Essência de nuvens" caindo sobre desertos e distâncias, num dizer de ternura feito.

Lídia

dade amorim disse...

Essa sensibilidade que você mostra nos poemas é uma delícia, Assis.

Beijo.

Adriana Godoy disse...

Assis, tão bom te ler. Sua poesia intensifica a vida. Beijo

Mulher na Polícia disse...

É, assis!

Agora vamos para os 2001 - uma odisséia na blogosfera!

: )

Parabéns!

LauraAlberto disse...

eu continuo e subscrevo:

DOIS MIL E UM...

beijo sem cais

Oria Allyahan disse...

E depois não fala de quimeras... Pois não é a partir de desalinhos, de ausências, de castigos, de distâncias e de esperas que se constroem os sonhos?!

Abraço!
O.A.

^^

Tania regina Contreiras disse...

Voltar aqui é sempre diferente e um prazer imenso. O poeta é o mesmo, mas essa casa é especialíssima. No mais, esse universo de palavras que já construíram um mundo que é teu.
Beijos,

Bípede Falante disse...

Assis, luxo é você!
É uma felicidade sempre tão grande vir aqui.
Entro tantas vezes jururu e saio jururu mais não caída, se é que dá para entender!
beijoss