terça-feira, 25 de dezembro de 2012

1001 + 37 - Suíte serena para impossível pastoral


para Elieser César

Eu sou destroços
Habitam-me o cinza e o pálido
Nas mãos a coleção de vazios
Por falta de raiz estou nuvem
No caminho de esperas restam
Ausência, sombra, esquecimento
Hoje queria apenas ter guardado
A foto da mulher que eu amei

8 comentários:

Primeira Pessoa disse...

zé de assis,
eu namorei uma moça que confiscou todas as nossas fotos... e ela, ela-aquela que foi um grande/enorme/imenso amor se apequeninou de tal maneira que, se tivesse podido, teria entrado dentro de mim e incendiado até as fotografias que apenas a gaveta da alma guarda.

o ciúme, amigo querido, é a véspera do fracasso, teria dito um bardo de são bento do una.

foi bom o seu natal???

beijão do
r.

Lorena Leitte disse...

dizem que uma fotografia é um recorte de uma lembrança !!!
adorei
tudo de bom!!!
beijos

Anônimo disse...

As fotografias que a alma guarda também somem!

:)

Wanderley Elian Lima disse...

Tenso.
Feliz 2013
Abraço

Adriana Godoy disse...

Assis, sempre acreditei que os seus mil e um poemas virariam milhares.
Ainda bem pra nós, seus leitores.

Um 2013 mais que lindo pra você.

Beijo

na vinha do verso disse...


o que os olhos do passado
ainda sentem
o coração já não precisa mais ver

bom ano Assis

marlene edir severino disse...

Guardada está de qualquer jeito.

Abraço, poeta!

Unknown disse...

há traços de mulher que nos definem, que nos reescrevem acima da memória.

abraço, assis!