mil e um poemas
Neste blog (serão) foram escritos 1001 poemas e mais alguns.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
1001 + 48 - Epístola para rumor de águas na alma
Caminho sobre escombros de terra e sal
A chaga no olho o mar apaziguou
Fito sereno a antiga palavra
Aquela que no corpo se consumiu
De onde estou aprendi a ouvir o silêncio
Meu coração está inteiro poema
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
1001 + 47 - canção de metaplagio para cavalinhos de bandeira
Cansei de viver de brisa Anarina
Agora quero tudo que não tenho
Bafejo de mar, nuvem dançarina
Quero cortejo de horizontes
Esperanças perdidas em becos
Andorinha fazendo verão
Cansei de viver de brisa Anarina
Ternura e corações despedaçados
Amar-te como passarinho morto
Pasárgada não me espere
Passei a vida inteira à toa, à toa
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
1001 + 46 - tratado sobre a vigília do orbe
uma inércia longínqua
me fazia sombra
quando a noite dissolvia
silêncio e solidão:
eu me pensava
pássaro em suicídio
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
1001 + 45 - Ária para um poema d’além mar
Ao Leonardo B.
já nos escrevemos por tantos
e vagam-nos alfarrábios e pele
o tempo nos guarda este
singelo
cortejo de vazios
se somos não estamos
há uma sucessão de nadas
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
1001 + 44 - fragmento para duas ou três mortes
o corpo é esta nau em desalinho
sob um sol que me come a pele
triste: o vento que a nada impele
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
1001 + 43 - epitáfio bem antigo
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