quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

854 - berceuse de invitação a pasárgada V

antes que ao inverno chegues
e as aves cantem seus ninhos
permita-me ouvir teu passo liso
que se alimenta de chão e terra
e vem fazer morada neste olhar
que entorna saudade e desterro
permita-me a flor e o desespero
deste ir e vir no vórtice da tarde

14 comentários:

Luiza Maciel Nogueira disse...

oxalá!

beijos

Poétesse disse...

O seu jogo de palavras é um absoluto deleite!! Gosto mesmo muito da sua escrita! Um Abraço

Rejane Martins disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rejane Martins disse...

um perito em seu ofício, uma licença poética à flor de salgueiro - uma gueixa em delicadeza, flexibilidade e força.

Tania regina Contreiras disse...

Sempre um aprendizado do olhar te ler, poeta! Sempre algo novo em mim que descubro por ti.

Beijos,

Unknown disse...

BELO!

Segundo Nietsch o desespero tem seu lado belo, e junto ao aroma da flor, deve ficar mais ainda.

Beijo

Mirze

Celso Mendes disse...

em que estação caminha tanta poesia? esta, que faz morada nos olhos, parece-me eternizada aqui.

abraço de admiração irrestrita.

Vais disse...

fazer morada no olhar do poeta, um convite que não se resiste
lindo, Assis!
entre prazer e agonia
desejo e dor
um redemoinho que gira, gira e mistura tudo

beijos

Daniela Delias disse...

Uau...tudo tão bonito...

Oria Allyahan disse...

Também amo o amor!

^^

Jorge Pimenta disse...

antes que chegue o inverno. mesmo sem estar seguro de qualquer outra estação...

abraço de dedos frios, neste inverno que estala os ossos, meu bom amigo-poeta!

Cris de Souza disse...

amei! já sabes disso...

Anônimo disse...

sabe sempre que o relógio não pára e o tempo não espera por ninguém

beijinho
LauraALberto

dade amorim disse...

A flor e o desespero vêm e vão. É assim.
Beijo, poeta.