vertigem, vertigem,
vinde comboios, estradas,
que as cercanias exasperam,
tudo range,
há na palavra flor uma pedra,
sílabas de vidro se contorcem
o homem agoniza sua sombra
enquanto retardam as bússolas
todo norte é sem horizonte
para as velas desoladas
13 comentários:
verso alcantil pro nome segunda pessoa do plural, heaven from hell, blue skies from pain, geiseres eclodem - eis que gigante de rio não teme pedras.
como um quadro de Dali!
beijos
No fundo tudo se ancora.
Há um peso que aflora e há pedras junto a flora.
Dualidades que emergem em tua poesia.
Belo!
cheiro
E o mais bonito é que, no meio de tudo isso, a poesia insiste, feito flor na pedra.
Te beijo
O homem sempre agonizará sentimentos....abraços de boa semana.
há na palavra pedra uma flor.
Há no norte um imenso horizonte.
bela e triste imagem em "velas desoladas"
Só mestre!
Beijo
Mirze
imóveis, sombras projetadas pelo movimento do sol
sombras móveis quando do vento soprar
bateu o futuro quando só restar sob um céu escaldante pedras, ferros, metais, concretos, objetos e sabe-se lá que tipo de vida resistirá
beijo, Assis
"há na palavra flor uma pedra"
muito hermético. Adorei!
há uma pedra...
e sobre ela uma flor...
beijo carinhoso
Huum! Há um quê de Álvaro de Campos no seu delírio citadino.
Aqui, a espera de um vento para "velas desoladas".
Um beijo
e no entanto a viagem vai-se fazendo
beijo
As velas desoladas nunca desaparecem.
Beijo, Assis.
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