respira em desatino a imperfeição da pedra
assim pousada, no soslaio de viço e silencio
feito pássaro que se empluma em altiplano
cegos nós que se corroem gesto e argúcia
em dois gumes também se afia pedra e paixão
do amor se espera o alado, regaço de nuvem
mas se arqueia de soçobro em vereda mineral
ferro e fogo se agitam em périplo de singeleza
12 comentários:
Quem mais além de Manoel de Barros e você para transformar pedra em poesia? [risos]
Sempre doce vir aqui.
Beijo
e assim a imperfeição da pedra se eleva sob sua imensidão
beijos
O amor com certeza se afia em dois gumes,,,um acaricia e outro corta profundamente....abraços de bom dia.
Assis, e não é que concluo que você também é cria do céu e adorador de nuvens??
Beijoss
sim gelo
Eu leio e bato palmas merecidas pra você. Porque é dessa sensibilidade que o mundo precisa. :D Seguindo. *---*
Desenho e pinto este poema (pintura naif) em traços e cores de arco-íris e vejo-o, lindo, a "ferro e fogo" na interpretação das mãos .
Beijo
Do amor se espera o alado. De amor, se espera...
Bjo!
Desatinou-me a imperfeição da pedra.Fere em ferro e fogo!
Bravíssimo!
Beijo
Mirze
Ei, Assis,
estes novecentos tão que são só suspiros e arrepios dusbão
beijo pra você
Do amor se espera tanto!
Beijo beijo.
em cada seixo quebrado uma nuvem desmultiplicada. ah, fazedor de versos, de sonhos e de possibilidades.
abraço!
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