terça-feira, 24 de abril de 2012

929 - poema para as vicissitudes de uma estação


(à guisa de um metaplagio de Drummond)

o mundo é tão grande, amor
não cabe na minha paixão
vivo de amar substantivos
verbos que não se conjugam
como pontes desoladas
estradas para lugar nenhum

o mundo é tão grande, amor
não cabe nos meus girassóis
há um horizonte que se quebra
em instigantes amanhecimentos
que correm feito areia nas retinas
e sulcam a face de tanto pretérito

o mundo é tão grande, amor
não cabe na minha distância
no desassossego dos passos
em árias e berceuses que intento
o mundo é tão grande, amor
que me detenho em teus braços

22 comentários:

Everson Russo disse...

Enquanto grande em amor for o mundo, jamais faltará poesia de alma...abraços de bom dia.

Vanessa Souza disse...

E tão pequeno, que por momentos só basta uma outra pessoa.

Adriana Godoy disse...

Ai, que coisa bonita. O mundo é tão grande que não cabemos em nós. Beijo

Tania regina Contreiras disse...

há um horizonte que se quebra
em instigantes amanhecimentos
que correm feito areia nas retinas
e sulcam a face de tanto pretérito
..E eu me detenho em teus braços! ai, ai!
Perfeito para esta terça...
Beijos, querido!

Anônimo disse...

O mundo só cabe na poesia, que esta faz todas as pontes.

Beijo.

Primeira Pessoa disse...

o poema é tão grande que cabe num amor distante, destes que percorrem - a pé - o espaço compreendido entre o norte e o sul de qualquer lugar do planeta.

zé de assis, a agonia me consome... vou pedir a um hacker amigo meu pra mudar o nome do blog. trocar só uma coizinha: o primeiro um, por um dois.

que tal a idéia?

beijão do amigo

r.

Lídia Borges disse...

De como o mundo pode ser tão pequenino e tão aconchegante sem deixar de ser mundo.

"o mundo é tão grande, amor
não cabe na minha distância
no desassossego dos passos
em árias e berceuses que intento
o mundo é tão grande, amor
que me detenho em teus braços"

Lindo!

Unknown disse...

e que gostoso é assim nos determos... Abraço.

Anônimo disse...

"o mundo é tão grande, amor"...que nos perdemos em amanhecimentos sem jamais nos vermos!

Lindo de Matar!

Beijo

Mirze

Joelma B. disse...

Assis drummoniado é overdose de poesia...rs!

beijinho com admiração, mestre!

Cris de Souza disse...

Esse poema é gigante!

Ângela disse...

Poema de uma sensibilidade maravilhosa.
bjs

lula eurico disse...

Maior que o mundo é a poesia que transborda de teu poema!

Abç cordial.

Teté M. Jorge disse...

Imensamente grande... de amor!

Beijo.

Daniela Delias disse...

Juro que ouvi Nana Caymmi cantando assim "só em teus braços, amor...".

Lindo!

Bj

:)

dade amorim disse...

Maravilha, Assis!
Beijo beijo.

Adriana Riess Karnal disse...

ai, ai, ai Assis, esse poema é uma borboleta atirada indescentemente sob o braço peludo de um urso.

Vais disse...

uma estação, qualquer estação
e o mundo é tão grande e vasto, amor
e que os braços sejam o (in)finito desta imensidão

um beijo, Assis

Anônimo disse...

Um abraço de tanto, Assis.

Jorge Pimenta disse...

o mundo é grande... mesmo que dentro de um corpo delimitado, circunscrito e de morfologia diagnosticada. será por os pés e as mãos nem sempre acenderem as candeias do olhar? ah, fosse eu morcego...

abraço!

Luiza Maciel Nogueira disse...

haverá poema maior?

beijos

Anônimo disse...

o mundo é grande e quando o vamos medir esquecemos de como se faz

o grande e o pequeno

beijinho