não há palavra que me salve da distancia
vazei o olhos para o girassol do horizonte
em todo porto há uma ânsia de despedida
a indelével mancha que me marca o peito
é seixo retorcido, alvoroço e mar de areia
não há palavra que me salve da distancia
não há sequer saliva para úmido do lábio
nem profundeza que germine ou abarque
mas a rota tosca desta miríade de versos
10 comentários:
Às vezes, é como se todas as palavras falassem ao mesmo tempo. Ficamos, então, involuntariamente, surdos.
Beijoss
mas existe beleza nestes versos :)
beijo
Muitas vezes as palavras não vencem distancias, mas os sentimentos sim,,,abraços de bom final de semana.
quando a voz já não encontra nenhuma pétala em bem-me-quer...
beijinho com admiração, mestre Assis!
não há, não há e não há!
"não há palavra que me salve da distância" - salve-me a distância da palavra, quando o verso tiver perdido a bússola, o pé e a estrela polar.
abraço, caminhante!
Mas a tua palavra aproxima, nós que sofremos da mesma tormenta.
Beijo!
A sota não é tosca. A miríade de versos, revelará o esconderijo.
Tão lindo!
Beijo
Mirze
Uma vez escrevi algo em meio a um poema, mais ou menos assim:
se o discurso é da carne
a palavra arranha
mas não contenta
Há esse tempo de ausências, distâncias e palavras que arranham mas nem chegam perto!
Bjo meu,
Dani
tem de haver... tem de haver
nem que seja uma nesga de vento
beijo
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