recolho entulhos, sobras, escombros
imenso painel que nada há de edificar
poeira, desolação, artefatos de ruínas
tenho somente sílabas de destruição
este vento que me arde as têmporas
a solidão do corpo sem comiseração
o poema é o sexo que preciso imolar
a rota de desassossegos, turbulência
deste nada que germina no meu caos
12 comentários:
O artista tem sentimentos diferentes, ele sempre verá o mundo de uma forma própria, que ninguém mais consegue ver,,,as vezes muitas cores,,,,noutras,,,,cores nenhuma,,,por isso junta tudo catando entulhos dessas ruínas...abraços de bom final de semana.
língua que se desfaz, trevas perdidas nos dedos. quantos são os infinitos que germinam no caos?
abraço, poeta!
cabe ao poeta dissolver-se na concretude do poema...(?)
beijinho de sexta-feira, mestre Assis!
A tua poesia Assis é de desassossego! Dá nó ao caos, desata o ócio.
Bj.
lindo lindo mesmo
uma profundidade sem igual
parabéns.
somos colectores
recolhemos, agrupamos, reagrupamos
e no meio da desordem, a nossa ordem
beijinho
[guardar tudo e nunca encontrar nada, guardar nada e encontrar tudo, que estranho]
Longe da dissolução, o caos do poeta é a vida.
Beijo grande, Assis.
Pequeno retrato, imenso poema...
Bjo
Um retrato como o laminado dos peixes na corrente de um rio.
Muito mais que belo!!!!!
Beijo
do teu caos nasce tua poesia :)
beijos
Tão rente à pele ou ainda "o poeta é um fingidor"...
Beijo meu
desvanecer e renascer nas tuas palavras.
beijo de carinho
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