Vivo a permuta dos sonhos:
Sou de junco, barro,
poeira.
Entrelaço coisas e
destinos
Insinuo rota, sinal,
aforismo
Improviso sismos e abismos
Sou inoportuno ao
despertar
Espirro reticências e
pausas
Camuflo casulos e aplausos
Tenho gosto para
relevância
De carpir o leito das
palavras
Dar sobrevida a um fino
gesto
De montar susto no
improviso
Aplaco distancias com o olhar
Alterno preces, coitos,
abraços
Revelo as dores na minha
pele
Irmano migalhas aos
pedaços
Transito entre o que me
chega
Ao que desafia sina e
sortilégio
Mas nada posso contra o
verbo
Vago vazio sem nenhum
rastro
A saga (2001 uma odisseia no cyberespaço) continua aqui, nesta sombra