eu também já fui azul, amor
e era sobressalto todo o dia
zumbiam estrelas nos ouvidos
havia alvíssaras nos cabelos
meu olfato tinha sabor de rio
me ocorriam nuvens nos passos
os olhos eram asas de
passarinho
a vertigem era promessa do
súbito
eu também já fui azul, amor
e era desconcerto o meu dia
de alumbramentos e pasárgada
um arrebol tecido de arco-íris
a teia vívida e eterna de
orvalho
o horizonte descortinava
epifanias
não me faltava silencio no orbe
e eu me fartava de
amanhecimentos
11 comentários:
Já foi e ainda é amor em versos de natureza e paz aos coloridos da alma...abraços de bom final de semana.
um ensaio sensorial...
beijinho com admiração, mestre Assis!
Que foi azul, nunca perde o amanhecimento.
Demais de lindo!
Bj imenso, Assis querido
Admiração, sim!
Deixo a minha.
Um beijo
Ei, Assis,
fiquei a ouvir os trovões e a ver os riscos prata dos relâmpagos
bem colocou a Joelma, sensorial
altamente sensorial
ensaio todo lindo
beijinho
Um ensaio nota 1000!
As estrelas, cegas e brilhantes no amanhecimento azul do orvalho e da poesia. Yua poesia.
Lindo!
Beijo
M
eu também já fui azul, amor.
achei lindo repetir, é desses versos que a gente tem vontade de dizer em voz alta...
bjo meu
Uma das mais lindas que já li... doce... suave... feliz...
"...a vertigem era promessa do súbito..."
Coisa de quando ainda somos azuis...
Lindo, Assis! Vc me encanta.
Beijokas.
Todos um dia somos azuis.
Beijo beijo.
um azul de brilho de amar..
lindo Assis!
beijo
Deslumbramento! Alumbramento! Um poema dos melhores teus!
Se fora eu um compositor do quilate do Caetano... seria letra de um clássico.
Está em fase maravilhosa, Poeta.
Salve a Bahia!
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