(fragmentos)
para onde correm os rios em tempo de estio
asa de passarinho produz elevação de canto
descaminho é uma estrada para nunca mais
flor de beira de estrada incendeia os passos
orvalho é a chuva em estágio de anunciação
a palavra vazio vaga num precipício sem fim
10 comentários:
Fico perplexa perante esta enorme facilidade em dizer o indizível.
Deixo a minha admiração e um beijo
Talvez corram na contramão dos sentimentos...abraços de bom dia.
Enquanto a palavra vaga no precipício, nós nos deleitamos com ela. Beijo
Um grande poeta, está sempre pronto a desvendar o mistério do que é inútil, mas não é.
Bravíssimo!
Beijo
Mirze
Que bonitos fragmentos, Assis!
Beijo.
perplexa Assis pelo seu talento
beijos
A inutilidade muitas vezes me causa ternura.
Bjs, Assis querido
Também me pergunto sobre os rios em tempos como esse, de estio...
Lindo, viu?
Bjo
rios no estio
memória de água
pauta sem nota
precipício dentro dos olhos.
perdemo-nos na fábula do(s) fragmento(s) do(s)mundo(s).
abraço!
Lembrou-me Barros, mestre!
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