segunda-feira, 7 de maio de 2012

942 - sumário sobre o revés da navegação de corpos


sabes, o mar é este impulso para o nunca mais
lugar de desterro dos ossos, naus e apátridas

sabes, o vento é este vazio n’alma em soçobro
que sopra os faróis na distancia de lei e léguas

sabes, o silencio é esta ausência sem anúncio
a pele nua de um alvoroço, um tropeço sem fim

12 comentários:

LauraAlberto disse...

sei e às vezes gostava de não saber, nem que fosse por uns minutos

és mestre Assis!!!

Beijo

Joelma B. disse...

sei... tu o dizes tão bem!

Beijinho com admiração, mestre Assis!

João A. Quadrado disse...

[todo o corpo o primeiro passo no mundo,

o fingimento do primeiro grão de areia, vasto mar
a imitação do cais.]

um imenso abraço, Assis

Leonardo B.

Anônimo disse...

Não houve um verso que não passasse sem corroer docemente, como o seu vento, o seu mar, o seu farol.

Lindíssimo!
Beijo.

Ira Buscacio disse...

Sabes, eu sou o silêncio do fim do mundo.
Este sumário me cravou marés.
bj imenso, querido Assis

Everson Russo disse...

Muitas vezes até é melhor nem saber,,,mas enfim,,,que se siga ao infinito...abraços de bom dia.

M.C.L.M disse...

"Sabes, o silêncio é esta ausência sem anúncio
a pele nua de um alvoroço, um tropeço sem fim..."

O que não é o silêncio, a chave e a fechadura do poeta. Há que saber-se porta.

Beijo Assis...

Lídia Borges disse...

"um tropeço sem fim"... Eu sei!


Um beijo

dade amorim disse...

Maré difícil de viver é o silêncio.

Beijo.

Anônimo disse...

Se "o grito" valeu tantos milhões. imagino quanto valeria se pintura pudesse ser, o "silêncio".

Esse sumário cala fundo na alma.

Beijo

M

Lua Nova disse...

Quando a alma se transforma em vórtice de todas as emoções, leva mar, leva vento, leva silêncio... e ficamos assim em carne viva sobre os destroços de nossos eus...
Que solidão eu senti...
Bravo, Assis, beijokas.

Jorge Pimenta disse...

assis, mesmo que o não quisesse, como não o saber, já?...


abração!