terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Um último poema para epitáfio

Oh Esteves
Uma andorinha pousou na minha sorte
No meio do caminho tinha um beco
Eu não conheço ninguém em Pasárgada
O trem das onze não passa em Jaçanã
Lídia não me coroou de rosas
Não sei por quem dobram os sinos
Buscar o tempo perdido me dá náusea
Sou estrangeiro dentro do meu peito
Desde a primeira vez que vi Tereza
Então vou dançar numa festa sem fim
E se os sapatos pedirem para eu parar
Vou dizer que estou a um passo do pássaro
Foda-se a vida e quem lá ande!!!!


[assis freitas]

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