sábado, 2 de junho de 2012

968 - canção de entardecer barcos no horizonte


o que será da minha palavra
quando não mais houver
o sentido de fazer acontecer

e tudo se resumir ao deserto
onde os oásis não florescem:
o orbe desabitado de estrelas

o que será da minha palavra
quando não mais houver
a confluência dos teus passos

e estrada, vereda e caminho
forem ilações a lugar nenhum
síntese de feérico desencontro

10 comentários:

Fred Caju disse...

Do título, já viajei bem pra longe. E foi uma ótima viagem.

na vinha do verso disse...

palavras entardecem sol
para lavrar outras estrelas

abração Assis

Everson Russo disse...

Essa palavra se perderá num caminho quando não mais houver o amor...abraços de bom sábado.

na vinha do verso disse...

palavras entardecem sol
para lavrar outras estrelas

abração Assis

Joelma B. disse...

a interrogação é a pontuação da existência...

beijinho de sábado ensolarado por estas bandas, Assis!!

Lídia Borges disse...

Não se deve deixar entardecer barcos no horizonte.
"Navegar é preciso"

Penso já ter dito aqui que 1001 poemas seria oferta parca para quem tem tanto... Tanto!

L.B.

Daniela Delias disse...

A gente sempre acha que um dia não terá mais palavras. Angústia de poeta, né?

Bjo

Adriana Riess Karnal disse...

Assis,
tenho essa sensação quando vejo o número do teu poema se aproximando do 1001.

Unknown disse...

Aonde quer que estejas, poeta, a palavra é seu compromisso, seu álibi e sua arte.

O mundo precisa de poesias como a sua.

Beijo

Mirze

Ira Buscacio disse...

Dor de ausências de barcos e de mar. Dor de poeta.
Bj imenso, querido