quarta-feira, 6 de junho de 2012

972 - canto de remoer o vento nos dentes


és-me o impossível
a roer no peito
impor flagelos

és-me o tudo
neste vazio
oco do mundo

és-me: nada sou
mágoa análoga
inexistência vil

9 comentários:

Ângela disse...

Forte, mas cheio de sentimentos, e o que vale.
Beijos

Everson Russo disse...

És-me a força de viver,,,o sonho impossível de sonhar...mas ainda aceito...abraços de bom dia.

Unknown disse...

Esse sentimento assim, tão profundo, principalmente na inexistência vil remoe até furacão.

Belo!

Beijo

Mirze

Bípede Falante disse...

transbordante de ser, és um poeta raro.
beijoss :)

Daniela Delias disse...

és.

Belo poema!

:)

Lídia Borges disse...

É tão pouco (ou será tudo?) este ser-se apenas no que o outro nos é.

Belo!

Anônimo disse...

O que não existe não pode chegar a ser vil ; não atinge.
Você vive!
Beijinho

dade amorim disse...

Uma dor tão profunda arrisca a vida.

Beijo beijo.

Jorge Pimenta disse...

e o vento a soprar por entre o canavial de nadas e tudos, de sins e nãos... enquanto os dentes, esses, apodrecem do frio em copla.

abração, poetaço!