Trago no semblante o desconforto da distancia
A carne ulcerada neste olhar de desterro
As minhas idades se confundem na areia
Os meus passos são nuvens assustadas
Em suspensão de rasos líquidos
Num périplo de agonia pelo céu
Os girassóis esvoaçam no horizonte
Numa multidão fugaz de amarelo
Todo canto ecoa em única seta
A palavra se destoa feito relâmpago
Quer iluminar este estranho mapa
Este assombro no meu peito plúmbeo
13 comentários:
A palavra, sem rédeas a definir caminhos.
Lídia
Passos de nuvens assustadas se deixam levar pelo vento...abraços de bom final de semana.
Sensacional!
O naipe de metais a combinar com o brilho e luz dos girassóis.
Beijo
Mirze
mestre na fanopeia... adoro as imagens que tua voz pinta em minha imaginação!
Beijinho, Assis!
Assis, tenho quase certeza que vc não vai parar quando chegar aos mil e um poemas. Quem sabe não mude o nome de seu blog para: Poemas até quando durarem.
Os leitores agradecem.
Beijo
andarilhos de descaminhos no improviso da distância enquanto as nuvens são mapas sem estrelas. o semblante escurece e nenhuma palavra é mais do que o seu próprio som.
abraço, meu querido amigo!
p.s. 988!? tremo só de pensar...
tingir vida o homem
tangendo o coração
é sua poesia Assis
abração
o desconforto da distância é uma pedra que a gente não pega, não quebra, não pinta, não escreve e não contorna.
oh, vida!
beijoss
Quantos (des)encontros e (des)acertos! Também me quedo alvoroçada!
Beijo!
Tanta ausência e luz... Belíssimo, Assis!
Beijo.
Distância que é poesia...
Bjo
Eis um poema de peito!
Sempre as mais bonitas metáforas...
Beijo beijo
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