quinta-feira, 21 de junho de 2012

987 - suíte vetusta para precipitação de águas


vou vestido de chuva
pelas ruas
andarilho dos líquidos
que sou
nada me transborda,
mas vazo
neste precipício
de chagas
que me escorre
de arquétipos
nem tão opostos

12 comentários:

Everson Russo disse...

Vestido de chuva em alma lavada seguindo o caminho...abraços de bom dia pra ti amiga.

Ira Buscacio disse...

Um poeta vestido de água vaza palavras e o chão vira poema, assim é você, Assis!
Bj imenso, poetíssimo

Anônimo disse...

Sua poesia flui, como chuva que precisamos para lavar a alma; ela molha o papel, e a tomamos.

Beijo.

Lídia Borges disse...

"nada me transborda, mas vaso..."

A chuva que veste ou despe?

Lídia

dade amorim disse...

Poeta vestido de chuva, que bela imagem!
beijo beijo.

M.C.L.M disse...

A tua poesia "me transborda"...

Abraço de rio é poema... ;-)

Daniela Delias disse...

Vestir-se de chuva.
Ô coisa bonita!
;)

Unknown disse...

Bárbaro!

Beijo

Mirze

Jorge Pimenta disse...

ainda hoje trajei chuva, mas são pedro (ou são joão?), do alto do seu cinismo meteorológico, atirou-me com sol e calor. cada vez as entendo menos - as estações.

abraço, poeta!

Bípede Falante disse...

Você vai de chuva.
Eu vou de nuvem.
E a gente se encontra no mesmo céu :)
beijoss

Anônimo disse...

Chuva e chagas: narrativas do poeta!
Beijos!

Andrea de Godoy Neto disse...

Assis, esse poema é tão lindo que o guardei comigo, porque ele fala do que eu sei...

dos mais lindos

beijo