domingo, 24 de junho de 2012

990 - ensaio sobre a pedagogia de múltiplos e derivados


sobre o poema crescem as relvas
crescem ramos, crescem unhas
cresce a insanidade do verbo:
o alvoroço, o delírio, a ubiquidade

sobre o poema crescem as nuvens
e cresce assim o azul apascentado
a argamassa do vento e das brisas
sobre o poema adormece o silêncio:
inquietas horas aguardam e soluçam

12 comentários:

Anônimo disse...

É sublime e fascinante o teu escrever, Assis!
A gente refaz-se, ao ler-te.
Inventa, para além do 1001, ou ficará um vazio, bem amargo.

Poema.

Anônimo disse...

Uau!
Tudo cresce no poema almejando ultrapassar o silêncio.

Lindíssimo poema!

Beijo.

Cris de Souza disse...

Ainda que em silêncio, cresce a admiração a todo tempo que te leio. E isso não é de hoje...

Mestre único e incansável!

Beijo.

Teté M. Jorge disse...

"...inquietas horas aguardam e soluçam" na ansiedade da espera...

Beijo carinhoso, poeta.

P.S. - Faltam 11? Ufffff... queria que fosse eterno...

Unknown disse...

Quando realmente se sabe "escovar palavras", vê-se crescer heras, relvas e tudo mais aqui descrito pelo poeta.

BELO! BELO!

Beijo

Mirze

Daniela Delias disse...

Tudo é movimento!!!

Bjo, poetinha

;)

Ira Buscacio disse...

sobre teus poemas, suspiros e beijos caem dos nossos olhos. bj grande, poetíssimo

Lídia Borges disse...

Sempre imagético, a convocar todos os sentidos, a despertar "múltiplos e derivados sentimentos".

Um beijo

maria joão moreira disse...

que farás às tuas palavras quando chegar o 1001º dia? podes adormecer o silêncio, mas não as palavras... gosto muito de te ler!

dade amorim disse...

Nuvens e azul apascentado, ventos e silêncio, eis o poema.
Beijo, Assis.

Jorge Pimenta disse...

do que é poema... o que não é, afinal?...


abraço, poeta dos mil e tantos encantos!

Anônimo disse...

O poema faz-se vida e assim se cumpre!
Belo, poeta!

Abraço!