segunda-feira, 11 de junho de 2012

977 - quando eram mais bárbaros os doces bardos


ficou via, alegria, um dia
o ser, o não, talvez, quiçá
a cor do trem, o manacá

ficou jia, qualquer coisa
jóia, rebento, procissão
sede e lamento sertanejo

ficou índio, morena, ateu
extra, divino, maravilhoso
rede, recôndito, reconvexo

ficou, comeu, aqui e agora
grão, drão, gente, cajuína
estrangeiro, força estranha

16 comentários:

Bípede Falante disse...

Poema que pede música, pede cantarolar.
Deu vontade de aumentar o volume.
Volume do som, das palavras, das vontades.
beijoss :)

Unknown disse...

parabens kra, por esse trabalho continuo e responsável. todos os dias que vc posta um poema. conheci o site hj e ja gostei

Everson Russo disse...

E de cores em cores...flores...desejos...amores....abraços...de bom dia.

Lídia Borges disse...

Soa bem! Um jogo de palavras interessante (confesso que algumas me eram estranhas. Tive de ir pesquisar.) O português do Brasil tem alguns "segredos" para mim. Falo de: "manacá" "jia" "drão"...

Na verdade senti-me, neste, um pouco "estrangeira".

L.B.

Joelma B. disse...

cantarolei...

beijinho, mestre!!

Unknown disse...

Só não faltou sua poesia e força estranha no ar.

Beijo

Mirze

dade amorim disse...

Incrível a coleção de palavras, a variedade, e no final, o sentido musical.

Beijo beijo

Sandra Gonçalves disse...

Uma aquarela de palavras, cantadas em versos. Bjos achocolatados

Luiza Maciel Nogueira disse...

força estranha! não é incrível esse título? como também a força que faz escrever - estranha não? e esses versos lindos que vem dessa força estranha, espetaculares!

um beijo

lula eurico disse...

Caetanear é sempre bonito.
Mas com teu jeito, com teu estilo é pura poesia!

Abraçamigo, Poeta.

Primeira Pessoa disse...

e ficou, principalmente (se formos virar ao avesso a tripa da poesia), as palavras de josé carlos capinam.

esse cara era a poesia do movimento.

e ainda é.


viva você, zé de assis.
o poeta ficou com cara de letra de canção.

Daniela Delias disse...

Pout-pourri!!!

;)

Tania regina Contreiras disse...

Poema cantante! rs Muito bom..
Beijos,

Jorge Pimenta disse...

leio e releio, enquanto o pé marca o compasso.

abraço musical!

Anônimo disse...

Ficou, mas não ficou por aí, foi-se transformando o poema "ser, não, talvez, quiçá"!
Belo!

Beijo!

Cris de Souza disse...

Barbaridade! Vai escrever bem assim lá na feira...