amanheceu-me uma chuva fina
e eu carrego o incêndio na alma
as minhas mãos tateiam o infinito
os olhos declinam o pote no arco-íris
há o tumulto dentro do meu silêncio
sílabas que se afogam de amanhãs
breve os girassóis hão de se curvar
como reverência para um alvoroço:
sem norte, faróis ou bússolas
nesta geografia de desassossego
14 comentários:
Que essa chuva fina amenize todo o incendio da alma...abraços.
desassosegos, infinitos, girassóis...Como ficarei sem tudo isso? Haverão de vir mais mil e um poemas, não? Sem querer, a gente pressente o fim e quer recomeçar.
Beijos,
O desassossego que baralha bússola e é guia da fortuna.
Belo poema.
Cpts,
Armando Sena
lamadeirasclick.blogspot
Ai, essa geografia de desassossego, Assis...Ai, essa geografia...
Lindo poema, meu amigo, que vai se aproximando dos mil e um ...
Abraço bem forte!
Silêncio tumultuado desenha a geografia do desassossego.
Mais um poema delicioso, e o número fatal se aproxima...
Beijo, Assis.
geografia insular de desassossegos...
beijinho, mestre!
Imaginei o curvar dos girassóis (literalmente). Tão bonitinho.
Beijo, beijo
Nossa, Assis,
980 poemas
versos de tantos quereres, de sonhos, desejos, versos pulsantes de vida.
Minhas admirações e sempre sempre parabéns pela sua capacidade e sensibilidade neste versar tão poético
beijo grande
Os girassóis fazem a rotatória acompanhando sua poética do desassossego.
Beijo.
Carregas um eterno fogo poético para o deleite nosso.
Maravilha!
Beijo
Mirze
mesmo em desassossego, que geografia não anuncia chuvas e incêndios?
abraço!
Em Portugal, chuva miudinha em dia de casamento, é augúrio de felicidade para os noivos! A geografia de desassossego há de trazer alguma luz!
Abraço
A chuva nem sempre sabe apaziguar tumultos dentro dos sobressaltos do silêncio.
Um beijo
nenhum mapa que guie o desassossego
beijo
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