Não te quero falar de
saudades.
Há o mar e nele o infindável:
Horizontes, velas,
descobertas.
Será assim. Aprendi a inflar
o
instante. A admitir o
cotidiano
como passatempo. Repara que
os girassóis tardios se
ruflam.
A carne urge recompensa. As
mãos exaustas pedem a sorte
de muitas vontades. O coração
é esta flecha atormentada. Mas
com a eterna missão de futuro:
de estrela a luzir alvíssaras.
As
fotografias nada recordam. São
a estética fria do desenlace.
Os
medos, as frias madrugadas,
as
intermitências da febre.
Todos
os perigos se foram. Este
lento
amanhecer ilumina meu rosto:
beija-me a verdade desta
hora.