terça-feira, 16 de outubro de 2012

1001 + 17 - auto de imposição para artefatos de atiçar imensidão


onde começa a tua ausência
se na pele não cabe distância
se palavras tem cheiro e olhos
e toda nuvem se condensa
num lampejo de súbito arrepio
onde começa a tua ausência
se me atravessa teu infinito
neste ebúrneo desassossego

5 comentários:

Lídia Borges disse...


Uma ausência que arrefece. Um poema para "atravessar infinitos"

Lídia

Anônimo disse...

Um dos motivos de haver poesia, provavelmente, é por não saber onde se começa a ausência. Que dorido...

Bípede Falante disse...

só uma intensa ausência para justificar tão vasto desassossego...
beijoss

marlene edir severino disse...

Para tão presente ausência
nenhuma distância cabe

Abraço!

Cris de Souza disse...

Imenso!

Beijo, mestre*