segunda-feira, 1 de outubro de 2012

1001 + 15 - auto de elogio para lembranças do caos


lavadeiras do rio depõem roupas ao ocaso
eu ando em frangalhos, esmerilho nos pés
de areia, deserto e acaso é feito o caminho

lavadeiras do rio expõem migalha e anágua
eu sou o couro desse vazio, pele sem ninho
de seixo, pedra e mormaço: o brilho na cruz

a faca no olho, o minério, o susto no soslaio
as lavadeiras do rio suspiram o fiar da água
enquanto sonho cioso o caos dos girassóis

8 comentários:

Luiza Maciel Nogueira disse...

todo caos dessa poesia tua dança, sacode, arrebenta em palavras

beijo Assis

Lau Milesi disse...

Poeta Assis, você é "O POETA"!!!!
Uma "minissérie" esse seu poema.My gosh!!! De gênio!!!
Mileinfinitos parabéns!!


Um beijo pra você, poeta Assis,e bom dia!!

p.s. achei engraçado a "faca no olho". :)

Lídia Borges disse...


Belíssima metáforas!

Um beijo

Tania regina Contreiras disse...

Cheininho de palavras com sabor que me agrada o padalar...:-) "Seixo"...palavra sonora e de movimentos lentos.
Quero aqui os 2001.
Beijos, querido.

Bípede Falante disse...

em frangalhos escorrem as gotas do que guardo, das nuvens que não deixo voar...
tão bonito poema o seu.
beijoss

Adriana Godoy disse...

Assis, as lavadeiras expõem suas migalhas e você, ainda bem, expõe lindamente seus poemas. Beijo

Anônimo disse...

http://pensamento-livre-sa.blogspot.com.br/

Ingrid disse...

deixaste-me o cheiro de água e sabão..
da cor e da flor..
beijo poeta