Então sigamos tu e eu, como
naquele poema do Elliot,
Tu me emprestas os olhos para
eu beijar as avenidas
Eu te ofereço este réquiem de
silêncios
Mas nada sei além do cansaço de
pernas e mãos
E há muito sereias não cantam
no ermo da noite
E já não me lembro da insidiosa
pergunta: qual?
E quem de nós ousaria perturbar
o universo
Não é nada disso, em absoluto,
nada disso
Apenas soluço e afivelo lâminas
que não cortam
E assim vamos nos afogando
neste vento gelado
Almejando a palavra impossível
que se estende
no crepúsculo como este rio
solene e insondável