segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

494 - para ela que um dia flutuou sobre minhas palavras

porque rugem ventos de impaciência
na previsão de uma carta astral
porque suicidam-se altivos druidas
na insolência desta calma alvorada
porque as vestes da rainha foram depostas
na clarividência de uma rubra aurora
porque um dia ela flutuou sobre minhas palavras
e eu não tive ímpeto para contentar esse voo

20 comentários:

Jorge Pimenta disse...

assis,
em tempos idos escrevia sobre voos, lições de voo e brevets. ainda assim, as perguntas que me conduziram até aos céus acabaram por se despenhar no descampado das respostas dadas. afinal, como se: "e eu não tive ímpeto para contentar esse voo".
um abraço!

Ingrid disse...

realmente um voo pleno..
beijo Assis querido.

Zélia Guardiano disse...

Ah, o espaço feito de palavras: tão rarefeito...
Lindos versos, Assis!
Grande abraço.

Adriana Godoy disse...

Assis, bom demais ler seus poemas. Às vezes fico um tempo sem vir, mas quando venho é sempre uma grata satisfação. Parabéns mesmo. Beijo

Luiza Maciel Nogueira disse...

querer contentar vôos alheios, enfim é para que as palavras flutuem no olhos, e não só

beijos!

Unknown disse...

E no entanto sempre voando bem alto. Um abraço.

Anônimo disse...

Vc sustenta, alça... voar contigo é inevitável!

Wanderley Elian Lima disse...

Porque a gente não se contenta com pouco.
Um abraço

Ira Buscacio disse...

Assis, querido,
Sabe do vôo as asas?
Bjs e linda semana pra gente

Joelma B. disse...

Tuas palavras a elevaram...

Beijinho de Luz, Assis!

Unknown disse...

ASSIS!

E quem é que não flutua e sai voando com seus versos? Deixe voar!

Beijos, poeta MIL!

Mirze

Lívia Azzi disse...

Coisa boa é essa: tirar os pés do chão...

Beijinhos!

Primeira Pessoa disse...

jorgíssimo fala numa questão de "ímpeto"e eu não sei, por mais que busque palavras, o que é o danado do trem.

mas, ela passa.
como passa a vida.
como passamos, atidos ao chão.

Lou Vilela disse...

Lembrou-me a crônica "A menina e o pássaro encantado", do Rubem Alves.

Belíssimo, poeta!

Um abraço

Anônimo disse...

por vezes, algumas vezes, mais vale não perguntar.
Beijo
Laura

Bípede Falante disse...

vestes de rainha e da rainha tem mais é de ser depostas, que uma rainha nua vale é sempre mais interessante que uma vestida :)
beijinho

Vais disse...

E um dia ela flutuou sobre suas palavras
e um dia pode achar pouso nos poemas

beijo, Assis

Cris de Souza disse...

vôo horrores por aqui!

dade amorim disse...

Sempre nos toca a falta de um ímpeto assim, capaz de contentar algum voo.
Beijo.

Teté M. Jorge disse...

E quem não consegue flutuar nesses versos tão sublimes?

Um beijo imenso!