quinta-feira, 28 de junho de 2012

994 - balada triste para ruas quando chove


ela me flertava coraçãozinho
eu tão ensimesmado de amor
um dia nos debruçamos sobre o mar
eu tinha beethoven nos ouvidos
ela tão escarlate em seus lábios
rugia o vento dos olhos
não havia sílabas
apenas o raso da pele
o rasgo do peito em tumulto
eu não tinha vontade de lhe
entregar a minha solidão

14 comentários:

LauraAlberto disse...

que belo mestre, espero que a coragem tenha aparecido...

beijo

O Neto do Herculano disse...

O raso da pele,
o vento dos olhos,

solidão sem dono.

Joelma B. disse...

Tão lindo, mestre...que é só o que digo!!

Beijinho de quinta-feira nublada por aqui!

Unknown disse...

Triste mesmo essa balada. O rasgo do peito em tumulto grita no poema!

Beijo

Mirze

dade amorim disse...

Aproxima-se o 1001. O que vai acontecer depois? Vamos querer mais, que tal 2001?

Beijo beijo.

Ingrid disse...

escolhas..
encontros..
perfeito!
beijos poeta..

Lídia Borges disse...

Que coisa tão linda de contar. Ou será a forma de contar que torna lindo o contado?

Um beijo

Anônimo disse...

Ai, passou raspando os sentidos. Que coisa linda!

Beijo.

Daniela Delias disse...

"Ela me flertava coraçãozinho" é muito doce, muito lindo!

E os dois últimos versos são de arrepiar.

Bjo!

Vais disse...

Ei, Assis,
só mais alguns, ai ai ai, que coisa, heim?

Uma bela balada, certas tristezas carregam uma boniteza estranha

Sabe, querido Assis, é uma honra, uma alegria, um prazer, uma emoção poder fazer parte do jeito que for destes mileumpoemas, fico imensamente agradecida

sinta um abraço e um beijo estalado na bochecha

Jorge Pimenta disse...

é na entrega da solidão que a poesia nidifica. lá onde toda a pele é arame farpado e ofício cantante.

abraço!

Luiza Maciel Nogueira disse...

Assis essa moça devia ganhar troféu de musa. Até eu quero conhecer a guria ;).

beijos

Tania regina Contreiras disse...

Rugia o vento dos olhos...rugia o vento dos olhos...rugia...Eu rumino versos teus e me encanto mesmo com a tristeza. Entregar a solidão! ai, ai...

Beijos, querido!

Anônimo disse...

Poema tão lindo: declaração perfeita do coração amedrontado...

Abraço de partilha!