Nada detém o musgo nas paredes
Vai se infiltrando de repente
E fica ali com jeito de desavisado
Chamando a atenção dos olhos
Então um dia a gente acorda
E tem que providenciar a limpeza
Com calma lixa-se e põe-se tinta
Depois de pronto os olhos fixos
Voltam-se arredios e prestativos
A mirar o novo ponto reluzente
- Não sei para que tanta metáfora
Se o que sei é que continuas aqui
Forjando as agonias no meu peito -
23 comentários:
Mutio bom, o arremate maravilhoso:
"Não sei para que tanta metáfora
Se o que sei é que continuas aqui
Forjando as agonias no meu peito"
Beijo
era o que dizia, puta, com meus simbolismos... e, sim, crescem coisas nojentas nos muros dos quintais, como os gurus...
beijos, menino.
É Assis , nos acomodamos talvez e quando nos damos conta, o tempo passou e nosso "limo" lá está "forjando agonias"..
Grandes palavras que me tocam fundo no dia de hoje poeta..
Um beijo.
Linda, Assis, mas triste, essa alegoria.
Desculpe, não sei comentar poemas como os poetas, digo o que sinto.
Um beijo e bom domingo, poeta Assis.
ooi , lindo seu blog *-*
me segue? ja estou te seguindo
kiss :*
ah o que forja fica na metáfora da boca por dizer...tão bonito
beijos!
Metaforas para aliviar as agonias,,,abraços de boa semana pra ti.
Assis!
Maravilha! Antes do desfecho metafórico, é preciso colorir com borboletas!
Genial!
Beijos, poeta MIL
Mirze
É, Assis, vivemos num mar de metáforas, mar que às vezes até nos atrapalha : afoga.
Grande abraço
Oi Assis.
tem selinho pra voce lá no meu blog.
beijo.
Gosto de paredes com musgo e limo para nelas perceber figuras inexistentes, visualmenmte análogas às figuras de linguagem.
Abração!
As metáforas perdem o sentido na concretude da dor.
Poeta, as metáforas vêm, limando cada vestígio, para lustrar a poesia dentro de nós.
Adoro te ler!
a última estrofe já diz tudo.
besos
Continuamos ainda, renovados a cada "limpeza".
"anjos descaídos" - Bela imagem!
Um beijo
Uma bela semana pra ti amigo,,,abraços...
Tudo cresce quando há seiva.
O amor como a obsessão se alastra como hera sobre os muros.
Benditos os poetas, bendita a poesia.
cheiros
O musgo da alma, há como remover?
haja lixa pra tanto musgo...
Show!
"Depois de pronto os olhos fixos
Voltam-se arredios e prestativos
A mirar o novo ponto reluzente..."
Lindo!!
Esse diálogo com os botões do eu-lírico ficou perfeito. E provocou a metafórica forja da agonia.
Abraço cheio de admiração, Poeta.
(Desculpa o sumiço. Ando a lixar as dores do corpo, a renovar as células, a convalescer...)
Postar um comentário