domingo, 7 de novembro de 2010

391 - Alegoria para desenredo e anjos decaídos

Nada detém o musgo nas paredes
Vai se infiltrando de repente
E fica ali com jeito de desavisado
Chamando a atenção dos olhos
Então um dia a gente acorda
E tem que providenciar a limpeza
Com calma lixa-se e põe-se tinta
Depois de pronto os olhos fixos
Voltam-se arredios e prestativos
A mirar o novo ponto reluzente

- Não sei para que tanta metáfora
Se o que sei é que continuas aqui
Forjando as agonias no meu peito -

23 comentários:

Adriana Godoy disse...

Mutio bom, o arremate maravilhoso:

"Não sei para que tanta metáfora
Se o que sei é que continuas aqui
Forjando as agonias no meu peito"

Beijo

nina rizzi disse...

era o que dizia, puta, com meus simbolismos... e, sim, crescem coisas nojentas nos muros dos quintais, como os gurus...

beijos, menino.

Ingrid disse...

É Assis , nos acomodamos talvez e quando nos damos conta, o tempo passou e nosso "limo" lá está "forjando agonias"..
Grandes palavras que me tocam fundo no dia de hoje poeta..
Um beijo.

Lau Milesi disse...

Linda, Assis, mas triste, essa alegoria.

Desculpe, não sei comentar poemas como os poetas, digo o que sinto.

Um beijo e bom domingo, poeta Assis.

doce porem venenosa disse...

ooi , lindo seu blog *-*
me segue? ja estou te seguindo
kiss :*

Luiza Maciel Nogueira disse...

ah o que forja fica na metáfora da boca por dizer...tão bonito

beijos!

Everson Russo disse...

Metaforas para aliviar as agonias,,,abraços de boa semana pra ti.

Unknown disse...

Assis!

Maravilha! Antes do desfecho metafórico, é preciso colorir com borboletas!

Genial!

Beijos, poeta MIL

Mirze

Zélia Guardiano disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Zélia Guardiano disse...

É, Assis, vivemos num mar de metáforas, mar que às vezes até nos atrapalha : afoga.
Grande abraço

Ingrid disse...

Oi Assis.
tem selinho pra voce lá no meu blog.
beijo.

Marcantonio disse...

Gosto de paredes com musgo e limo para nelas perceber figuras inexistentes, visualmenmte análogas às figuras de linguagem.

Abração!

Vanessa Souza disse...

As metáforas perdem o sentido na concretude da dor.

Anônimo disse...

Poeta, as metáforas vêm, limando cada vestígio, para lustrar a poesia dentro de nós.

Adoro te ler!

líria porto disse...

a última estrofe já diz tudo.
besos

Lídia Borges disse...

Continuamos ainda, renovados a cada "limpeza".

"anjos descaídos" - Bela imagem!

Um beijo

Everson Russo disse...

Uma bela semana pra ti amigo,,,abraços...

Sueli Maia (Mai) disse...

Tudo cresce quando há seiva.
O amor como a obsessão se alastra como hera sobre os muros.
Benditos os poetas, bendita a poesia.

cheiros

Dario B. disse...

O musgo da alma, há como remover?

Cris de Souza disse...

haja lixa pra tanto musgo...

Gerana disse...

Show!

M.C.L.M disse...

"Depois de pronto os olhos fixos
Voltam-se arredios e prestativos
A mirar o novo ponto reluzente..."

Lindo!!

lula eurico disse...

Esse diálogo com os botões do eu-lírico ficou perfeito. E provocou a metafórica forja da agonia.

Abraço cheio de admiração, Poeta.

(Desculpa o sumiço. Ando a lixar as dores do corpo, a renovar as células, a convalescer...)