p/ Pedro Ramúcio
Tragam-me dois ou três fardos de existencia
Para que os girassóis poetizem a ordem do dia
Que o mundo já não se cabe em dessemelhança
Eu mesmo, que ando torto em véspera de olhar,
Principio a me perder na sinuosidade do vento
Outro dia um amigo disse que andava em sustos
Temia a retidão das pedras e vivia a por adornos
Repliquei que assim é o descompasso da estrada
As coisas se decompõem antes da sua completude
Só passarinhos cantam eternos em sumiço de laço
19 comentários:
E fica o canto eternamente...
Um canto geral em todos os cantos.
você reinventa o verso e eu adoro isto.
bjo
Assis,
Que no compasso e descompasso da vida , passarinhos te encantem.
BjO.
Por aqui, tudo se contempla e já nem importa a decomposição inevitável das coisas. Agarro-me ao canto breveterno dos passarinhos no entorno do lago, e sobre. beijo, assis.
assis,
acho que sou como o seu amigo, seu verso é para mim um adorno que me permito por, contra a retidão das pedras.
:)
um beijo, de fã.
Que esse fim de tarde tenha o tom da canção e os tons das mais belas cores,,,abraços de bom final de semana pra ti amigo.
Por mais que se adorne, o descompasso permanece, poeta. A finitude insiste, sinuosa como o vento. Forte abraço.
..."Passarinhos" cantam eternos em sumiço de laço...
Poeta Assis,você colhe, poda, rega, renova as palavras e só sai coisa linda.
Um beijo e bom fim de semana.
Posso dar uma sugestão? Faça um poema para a Lua.
Talvez seja próprio das coisas a incompletude, Poeta,
mas, como as tardes que se morrem e sempre voltam, renovadas, as coisas se decompõem para se recompor em outras possibilidades...
Abraço
Assis, é bom te ler, poder sorrir ao vir aqui, porque é sempre isso que acontece, abro um sorriso. E o amigo Ramúcio é um querido, bonito o diálogo de vcs.
Beijinhos.
Contemplar é olhar, admirar, refletir; mas também é premiar, e as duas acepções alcançam o leitor do seu poema.
Mas só contemplamos partes, pois a visão do todo não se completa, há sempre um contexto que recua. E a essas partes correspondem os cantos mais belos que chegam como memórias vivas aos ouvidos do outro, já adiante, em outro ponto da estrada incompleta.
Abração!
...
Sorte do Pedro.
...
Belíssimo diálogo.
Abraço, Assis.
...
Maravilha!
"Só passarinhos cantam eternos em sumiços de laços"
Beleza, Assis!
Beijos, poeta MIL
Mirze
Assis,
.."as coisas se decompoem antes da sua completude"..
sem palavras..
belo demais querido poeta!
Beijo
Belo passarinhar poetico, indo e vindo! Bjs
Este é o Assis: faz falta não te ler, sabia? Maravilha...O homenageado certamente sentiu-se premiado.
Beijos, Assis
Então és um passarinho, Poeta!
Assis, meu querido
"As coisas se decompõem antes da sua completude"
Aqui você colocou a síntese de tudo...
Lindo demais!
Abraço
Um belissimo sabado pra ti amigo,,,abraços.
Assis,
Só agora que vi e pude vir contemplar, contemplado, premiado, comovido, o diálogo que me estendes...
Obrigado, amigo, por esse susto em véspera de olhar...
Obrigado pelo apreço que não tem preço, nem nunca terá, feito certas canções eternas que se perdem na sinuosidade do vento...
Obrigado, poeta. E poetas que aqui comentaram, que aqui deixaram dois ou três fardos de suas existências, pois, o mundo já não se cabe em dessemelhança... Façamo-nos uma plêiade infinita...
Abraço valadarense,
Pedro Ramúcio.
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