Puseram-se em folguedo as sílabas em estranho fogo-fátuo
E corriam-me vocábulos pela iridescente poesia da tua mão
Quem sou eu pelos teus caminhos de tão insana correnteza
Quem és tu a inflamar desejo e por tumulto em casta nuvem
Há ainda luz a ser consumida nesta babel de tanto equívoco
Alvoroço na alcova clamando em nudez corpos sempiternos
No desassossego deste horizonte que se rabisca em escarcéu
Na sina do poema que há de ficar cativo ao ermo da página
15 comentários:
Que esse poema fique cativo na alma...abraços de bom dia.
Perfeito!
Cada imagem um poema em sí.
Que Beleza!
Pelo tom maior, há de ficar este poema suspenso sobre as páginas (ou sobre a estrada) como um corpo sempiterno.
Abração.
O sempiterno apelo da vida!
Abraço
"Quem sou eu pelos teus caminhos de tão insana correnteza
Quem és tu a inflamar desejo e por tumulto em casta nuvem..."
Por instantes fez-me lembrar Shakespeare e os diálogos de R & J...
Lindo!! Completamente...
bj.
E essa não é a sina de todo poema? Se não é sina é rima...
Fantástico, Assis... Também me lembrou Shakespeare...
Aplausos!
Bjos achocolatados
assis, amigo,
o que tenho perdido. e sei-o bem! esta minha ausência fez-me sentir-vos de forma diferente; não na escrita, mas na saudade de um tempo que se fez na e pela escrita. curioso, não? neste meu regresso, aos poucos, vou arrumando a casa e pondo nos seus lugares o que ficou por fazer. aos poucos, reencontro-me com os lugares dos amigos que também meus. sensação boa, essa!
sempre bom, ler-te, querido amigo!
um abraço!
"Quem sou eu ... Quem és tu"
Amar é uma reconstrução subjetiva!
Um beijo!
com uma sensibilidade a flor do verso!
beijos!
ASSIS!
A sina do poema é ficar cativo em nós, enquanto se dissipa o fogo fátuo!
Belíssimo!
Beijos, poeta MIL!
Mirze
Assis,
Venho pelos ventos de Pedro, o poeta das Minas Gerais, que soprou a luz dos seus versos
Encantada!
Bjs e boa semana
Poema perfeito, meu querido!
"na sina do poema que há de ficar cativo no ermo da página"
Que imagem lindamente triste...
Demais!
Beijo
ah, remexeu algo por dentro...
soberbo!
Lindo, muito lindo! Vejo Vinicius, com Toquinho ao lado:
"Que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito... enquanto dure"...
Parabéns, Assis!!
Um beijo, poeta.
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