terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

488 - Canção quase invísivel

Há no dorso do poema o instante alado
Em que as sílabas se ruflam assustadas
Como a minuciosidade imprescindível
Do carinho no seio da mulher amada

Há no dorso do poema esta querencia
Que inflama o silencio da perenidade
Que clama na pele uma desorientação
E alimenta o itinerário de descobertas

Há no dorso do poema a breve invernia
Em que se recolhem as folhas do álamo
Palavras se revestem dum cinza intenso
E o horizonte se recobre em recomeços

23 comentários:

Everson Russo disse...

Há no dorso do poema muitos sentimentos,,,muitos desejos...abraços de bom dia.

Joana Masen disse...

Querência intensa... impossível ficar imune.

Bjo!

Passageira disse...

gosto especialmente dessa personificação do poema. e disso: "inflama o silencio da perenidade ...clama na pele uma desorientação ...alimenta o itinerário de descobertas"
bonito até!
beijo

Tania regina Contreiras disse...

Ah, assis, das sílabas ruflantes ao horizonte se recobrindo em recomeços, tudo um assombro! Você é assombroso, Assis... E eu continuo pedindo seus olhos emprestados pra ver esse mundo que só você sabe ver!

Beijos,

Néia Lambert disse...

"Há no dorso do poema a breve invernia
Em que se recolhem as folhas do álamo
Palavras se revestem dum cinza intenso
E o horizonte se recobre em recomeços".

Que bela inspiração!
Um abraço

Batom e poesias disse...

O que é mesmo que há no dorso de um poema?

rs rs
Belíssima composição.

bj

Rossana

Anônimo disse...

É a canção da posia que toca
na alma ...


Bjo.

Sandra Gonçalves disse...

Lindo demais...Simplesmente perfeito.Bjos achocolatados

Evanir disse...

Lendo novamente seus poemas e deixando um carinhoso abraço.
Uma linda tarde beijos fica com Deus,Evanir.
http://aviagem1.blogspot.com/

Insana disse...

O silencio sempre ele em nossas vidas.

bjs
Insana

Lídia Borges disse...

"No dorso do poema" a "querencia" que preenche, a palavra que encanta.

Gostei muito desta "canção quase invisível".

L.B.

Unknown disse...

ASSIS!

Esse eu levo comigo!
"Há no dorso do poema esta querencia
Que inflama o silencio da perenidade"

Maravilha!

Beijos, poeta MIL!

Mirze

Lau Milesi disse...

Assis, muito lindo o emprego da palavra querencia. Combina com imarcescível.:)

Um beijo, Assis.

Lívia Azzi disse...

Poema lindo, Assis!

Esta tal querência que há no dorso do teu poema parece com... "uma desorientação" que minha pele também sente e se cala nesse "itinerário de descobertas" que nos apresenta...

Beijinhos...

Joelma B. disse...

Poema para sentir...

Beijinho de Luz, Assis!

Alicia disse...

Lindo! E na palma do poema, o que há?

ítalo puccini disse...

há no dorso do poema o invisível de uma canção.

abraços.

Luiza Maciel Nogueira disse...

Há nos teus versos tanta beleza, tanta poesia - meus olhos agradecem, por vezes ardem. Beijo

Ingrid disse...

Assis,
canção que inflama e vai longe nas tuas palavars..
delicioso..
beijo

Anônimo disse...

Poema sinestésico, sinto o gosto, imagino cores.
Belíssimo!

Beijo.

docerachel disse...

"Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, é como que um terraço, sobre outra coisa ainda. Essa coisa, é que é linda!"

Jorge Pimenta disse...

o que não há no dorso do poema? canção sempre visível.
abraço!

Anônimo disse...

dá vontade de fugir por aí, no dorso do poema
beijos
Laura