quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

497 - algum dia: para quem se foi no laço do adeus

também eu estou aqui
tentando decifrar esta tarde
tentando cravar interrogações
para o que não mais existe
resta-me esta conta insolúvel
- a praça de tamarindeiros
- a cicatriz na garganta
o verbo que não consigo verter

19 comentários:

Tania regina Contreiras disse...

Tão forte isso, meu amigo! a cicatriz, o verbo preso...Tão forte!
Beijos,

Vanessa Souza disse...

Verbos contidos são uma droga.

http://www.vemcaluisa.blogspot.com/

Luiza Maciel Nogueira disse...

putz e como o verbo prende a garganta, quer sair mas não sai - aí é um desespero que só.

beijos

Everson Russo disse...

O adeus é sempre uma cicatriz incuravel...abraços de bom dia.

Unknown disse...

Adeus é a palavra mais difícil de pronunciar. Um abraço.

Oria Allyahan disse...

A dor fingida, a dor sentida...

O laço do "adeus" feito numa singeleza sem tamanho. Lindo!

Abraços

O. Allyahan

^^

NãoSouEuéaOutra disse...

Estou aí consigo na memória das linhas do verso.

Lê Fernands disse...

que bom que nem todo verbo precisa ser dito!



bjs meus, querido.

Bípede Falante disse...

Assis, e esse verbo que vem com birra e com luta parece escapar tão fácil de você, que você faz poesia todos os dias, que você e o marcandoido são dois doidos de muito talento e muita produtividade, doidos de dar inveja :)
beijo

Wanderley Elian Lima disse...

Muitas vezes é difícil aceitar que acabou.
Um abraço

Eder disse...

Resta-te bastante, então...
Abraço!

Ingrid disse...

e tu ficas a verter lembranças..
beijo querido Assis..

Marcantonio disse...

Rapaz, maravilhoso! Não é contraditório? O poema diz tudo sobre a impossibilidade da palavra suprir as perdas da vida.

Grande abraço!

Errata: Onde se lê "Marcantonio disse", leia-se "Marcandoido disse". Vou adotar o epíteto sugerido pela Bípede, rs.

Adriana Riess Karnal disse...

??? também serei devorada pela tarde.

Jorge Pimenta disse...

querido amigo,
vou fazer uma petição para elevar a palavra "adeus" à condição de verbo. afinal, haverá acção maior que a contida no aceno àquele/a que já não existe?...
um abraço!

Anônimo disse...

Rasgante, de engolir em seco.

Beijo.

Unknown disse...

ASSIS!

Cicatriz de navalha!

Dói mas passa.

Beijos poeta MIL!

MIRZE

ítalo puccini disse...

quando o verbo não verte

fica apontado dentro de nós.

para nós.

abraços.

Cris de Souza disse...

ai, ai...

doeu!