sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

498 - metaplágio para um coração numeroso

quem disse que deuses mandam mensagens
talvez deusas que se apiedam do nosso passo
a rua continua ventando uma correria
as vitrines pululam recheadas e sublimes
através delas se constroem heresias
o mar não findou na avenida, caro poeta
bicos de seios reluzem no tráfego de olhares
as minhas mãos são o relicário das horas
a cidade não sou eu, não sou eu, meu amor
p.s.
a vida para mim é uma vontade de não sei o quê

19 comentários:

Everson Russo disse...

E enquanto a gente não sabe o que,,,vamos tentando descobrir...esse é o segredo...abraços de bom final de semana.

Jorge Pimenta disse...

e tudo se passa ali, mesmo ao lado, enquanto passa sem nos ver... quem não segura este teu texto com as mãos com que se afaga a mais fértil das incertezas!?
um abraço, caro poeta!

Wanderley Elian Lima disse...

A vida é pra ser vivida, mesmo que não entendida.
Abração

Luiza Maciel Nogueira disse...

a vida sem vontade é triste demais - ainda bem que a vontade continua assim os versos fluem

beijo

Anônimo disse...

Assis,

"a vida para mim é uma vontade de não sei o quê "

Pra mim também anda sendo assim ...

BjO.

Unknown disse...

Sinto o mesmo em relação à vida. Abraço.

Zélia Guardiano disse...

Ah, Assis, a vida, como vontade de não sei o quê...
Quantas e quantas vezes é esse o sentimento que ela nos sugere...
Mas só você captou, meu amigo, grande poeta!
Abraço

Ana SSK disse...

dos meus preferidos.

Anônimo disse...

Essa vontade misteriosa faz vc construir versos indizíveis, mas sinto um a um. =)

Beijo!

M.C.L.M disse...

"o mar não findou na avenida, caro poeta..."

O mar transborda no teu coração!

bj.

Unknown disse...

ASSIS!

UM METAPOEMA MARAVILHA!

Beijos, poeta MIL!

Mirze

Lívia Azzi disse...

Que poema doce!

Rendeu sorrisos e aflorou minha imaginação...

Beijinho

Tania regina Contreiras disse...

Nem tudo pode ser nomeado, é verdade...Tentamos, todos. Mas os poetas derramam preciosidades enquanto tentam. Você bem sabe...
Beijos, Assis!

Úrsula Avner disse...

bonito expressivo, profundo... Coisa de mestre. Um abraço meu caro poeta.

Eder disse...

Ficaria muito bom numa melodia... já pensou?

Domingos Barroso disse...

todas as faces
amorosas
...

forte abraço,
irmão Assis.

Ingrid disse...

e no passar nas ruas, no murmúrio dos dias somos por vezes expectadores..
Assis, sempre encantador..
beijo.

Cris de Souza disse...

nosso senhor das liras!

isso que é poesia...

NãoSouEuéaOutra disse...

não sou eu, não sou eu... «passo-me ao ler estas palavras. acho que cresci com elas na boca. É como se comesse as palavras, tal como se fosse um alimento cheio de sabores. Acrescentando o resto, direi ''é a outra. no fundo é, não sou eu, sou não é eu, mas sou, o outro não é, mas sou o outro... é delírio e delicioso brincar sobre esta mesa de palavras axadrezadas!»

a vontade, senhor, é de VIDA!! Risos... e aí vamos no movimento!!!