quem disse que deuses mandam mensagens
talvez deusas que se apiedam do nosso passo
a rua continua ventando uma correria
as vitrines pululam recheadas e sublimes
através delas se constroem heresias
o mar não findou na avenida, caro poeta
bicos de seios reluzem no tráfego de olhares
as minhas mãos são o relicário das horas
a cidade não sou eu, não sou eu, meu amor
p.s.
a vida para mim é uma vontade de não sei o quê
19 comentários:
E enquanto a gente não sabe o que,,,vamos tentando descobrir...esse é o segredo...abraços de bom final de semana.
e tudo se passa ali, mesmo ao lado, enquanto passa sem nos ver... quem não segura este teu texto com as mãos com que se afaga a mais fértil das incertezas!?
um abraço, caro poeta!
A vida é pra ser vivida, mesmo que não entendida.
Abração
a vida sem vontade é triste demais - ainda bem que a vontade continua assim os versos fluem
beijo
Assis,
"a vida para mim é uma vontade de não sei o quê "
Pra mim também anda sendo assim ...
BjO.
Sinto o mesmo em relação à vida. Abraço.
Ah, Assis, a vida, como vontade de não sei o quê...
Quantas e quantas vezes é esse o sentimento que ela nos sugere...
Mas só você captou, meu amigo, grande poeta!
Abraço
dos meus preferidos.
Essa vontade misteriosa faz vc construir versos indizíveis, mas sinto um a um. =)
Beijo!
"o mar não findou na avenida, caro poeta..."
O mar transborda no teu coração!
bj.
ASSIS!
UM METAPOEMA MARAVILHA!
Beijos, poeta MIL!
Mirze
Que poema doce!
Rendeu sorrisos e aflorou minha imaginação...
Beijinho
Nem tudo pode ser nomeado, é verdade...Tentamos, todos. Mas os poetas derramam preciosidades enquanto tentam. Você bem sabe...
Beijos, Assis!
bonito expressivo, profundo... Coisa de mestre. Um abraço meu caro poeta.
Ficaria muito bom numa melodia... já pensou?
todas as faces
amorosas
...
forte abraço,
irmão Assis.
e no passar nas ruas, no murmúrio dos dias somos por vezes expectadores..
Assis, sempre encantador..
beijo.
nosso senhor das liras!
isso que é poesia...
não sou eu, não sou eu... «passo-me ao ler estas palavras. acho que cresci com elas na boca. É como se comesse as palavras, tal como se fosse um alimento cheio de sabores. Acrescentando o resto, direi ''é a outra. no fundo é, não sou eu, sou não é eu, mas sou, o outro não é, mas sou o outro... é delírio e delicioso brincar sobre esta mesa de palavras axadrezadas!»
a vontade, senhor, é de VIDA!! Risos... e aí vamos no movimento!!!
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