sábado, 13 de novembro de 2010

397 - Pequena ode para o que não nos cabe

De onde te quero somos irmãos de pele
Não há noite a crescer o ontem infinito
A cor tem cheiro de asas em movimento
Nuvens informam o sussurro da chuva

De onde te quero vazam as muitas sedes
O gozo nos vem em turbilhões de idades
Trespassam-nos as espadas de coito e cio
Escorrem vórtices de leito e lenta agonia

20 comentários:

Fred Caju disse...

Assis,

Parabenizo-o por mais uma canto ao incabível! Grande abraço, meu nobre.

Ingrid disse...

"..de onde te quero vazam muitas sedes.." ."..escorrem vórtices de leito e lenta agonia"...
maravilhada Assis..
Beijo.

Luiza Maciel Nogueira disse...

a agonia, última palavra da poesia fez o dito verdade - incabível em palavras vc consegue escrever ainda mais dos nãos ditos

beijo!

Jorge Pimenta disse...

é que... por mais que os bolsos se encham, fica sempre muito mais por caber do que aquilo que cabe...
um abraço com admiração, poeta do inefável!

Lívia Azzi disse...

A falta, a ausência e o abismo são vértices de estímulo às "asas do movimento"...

Um beijo!

Wanderley Elian Lima disse...

Nuvens informam o sussurro da chuva, como o vento canta o lamento da saudade.
Abração

AC disse...

Já me tinha cruzado consigo nalgumas caixas de comentários mas, vá lá saber-se porquê, só hoje vim espreitar. Pelo que li, perdi muito em só chegar agora.

Abraço

Joelma B. disse...

Cheguei aqui através do blog de Jorge Pimenta... É a curiosidade que me leva a conhecer novos blogs, mas é a admiração pelo que encontro neles que me faz ficar...

Maravilhoso!!

Abraço iluminado!

Cris de Souza disse...

essa ode
comove
os cílios

...

beijo grande!

Anônimo disse...

"tem cheiro de asas em movimento"
Perfeito.
Saudades daqui...
Um beijo.

ErikaH Azzevedo disse...

Sobretudo sensual, carregado em intensidades.
Q tua sede seja perene, numpra sempre permanente..todo gozo no fundo é feito dessas sedes tamanhas tantas.

Bjos

Erikah

José Sanches disse...

Amigo, gostei! Faz transparecer beleza, delicadeza, e eu me coloquei neste poema com estas necessidades.
"A cor tem cheiro de asas em movimento
Nuvens informam o sussurro da chuva"

abraços

Zélia Guardiano disse...

Show, meu querido Assis!
Show!
Como sempre, como todos os dias...
Enorme abraço

Dario B. disse...

Voragem que termina na pequena morte e sede infinita que segue insaciavel. Forte abraço.

Úrsula Avner disse...

Olá meu caro poeta,

lindos e impecáveis versos ! Um abraço e um ótimo feriado.

Úrsula

Unknown disse...

Quando o ontem se faz infinito, é lenta a agonia!

Maravilha!

Beijos, poeta MIL!

Mirze

Daniela Delias disse...

De onde te leio a alma canta.
Bjos...

Gerana disse...

Que verso, Assis: "De onde te quero vazam as muitas sedes". Excelente!

Lau Milesi disse...

Nossa, poeta, você ainda diz pequena ode?? Uma imemsa e belíssima ode. Lindo, quando o poeta diz: ...(A cor tem cheiro de asas em movimento
Nuvens informam o sussurro da chuva...) Adorei!
Um beijo e mais parabéns!

dade amorim disse...

Um poema que vai mais longe que a vida.

Beijo, Assis.