ergue-te mistério de promontório
passeia lanças sobre minha face
ouve o corcel de tanto infortúnio
repara na tez dessa noite impura
observa os deuses que se foram
entretidos numa hodierna ciranda
deposita no meu peito a tua sede
sêde intento para desejo de mãos
deixa a solidão invadir os passos
e prenunciar o mar dos afogados
agora as auroras se hão de fechar
e a fortuna jaz no hálito do fâmulo
17 comentários:
E quando"a solidão invadir nossos passos", estaremos inundados do silêncio que nos escreve e que por nós é escrito como um clamor.
Abraços meus pra ti poeta querido.
Feliz 2011!
maestria de palavras! Sensacional Assis! Beijo e muita poesia para o ano 2011 que começou muito bem por aqui!
Espero que a solidão jamais invada nossos passos...esteja bem distante desse nosso sonho..abraços de boa semana.
eta, poeta arretado!
beijo.
Assis,
como um ótimo rimbaudiano contemporâneo que vc é, não poderia de sugerir permuta entre realidade e fonte telúrica, propondo completar a vida através da mistura dos sentidos.
Abraços!
Assis,
um ótimo ano para você, querido ...
e para todos que lhe cercam ...
e para todos nós ..
que em 2011, a Poesia faça vibrar positivamente este Planeta ...
bjos
ASSIS!
Um lugar apropriado para recitar RIMBAUD!
VORAZ!
Beijos, poeta MIL!
Mirze
Fora de série...mágico, como todas as suas obras (e a de Rimbaud). O título é pra lá de sugestivo.
Manoel de Barros também se confessou rimbaudiano. Ouvi essa afirmativa num sarau na Globonews.
Um beijo, poeta Assis, e parabéns.
A ciranda do amor...
Bjos achocolatados
Alquimia pura, Assis!
As letras mais exatas no cadinho...
Demais!
abraço
Um poema intenso cujas palavras são devoradas pelo amor...
Beijos!
rimbaud é o poeta perfeito, de todos o que mais me marcou... ele inventou a linguagem; os homens criaram uma cambiante para o saberem ler...
que textaço, amigo assis!
abraço!
Muito belo, meu caro!
Abraço
Nossa, dos melhores, Assis...e vou te lendo para aprender, quando crescer, a escrever coisas que só vc sabe escrever!
A tez dessa noite impura...
Beijos,
Hodierna...
O melhor de te ler, Assis, é que se lembra de palavras já há muito esquecidas rsrs
Abraço!
L'enfant terrible...
Magnifico poema!
Um beijo
há textos, autores e lugares que se precisa recortar, reler com olhar edulcorante, como num sublinho dentro - n'atividade de compreensão vária, ventos de jaula.
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