vivi para atiçar os folguedos da bonequinha
para derramar escaramuças na lua líquida
fazer redemoinho em busca da língua nua
tudo isso vivi para o anseio da bonequinha
que era tão bailarina trôpega no cachecol
com seu destino aziago de artista plebeia
que pintava estalos em cambraias e sedas
e se enfeitiçava de versos toda quinta-feira
ela era dia vívido para atiçar alumbramento
a bonequinha que se vestia como mary lyn
esperando a ventania de todas as ocasiões
um dia cantou happy birthay para o cais
nunca mais atracadouro, se pôs a caminho
com seus olhos azuis que vivi para atiçar
22 comentários:
Feliz aniversário e bonequinha... Lembrei da M. Monroe.
Beijo.
http://vemcaluisa.blogspot.com/
Vivi intensamente tudo que vivi,,,abraços de bom dia.
Oi, Assis...
A cena do vestido ondulante não se desgasta nunca... atravessa o tempo ganhando novos signifcados... um poema de movimento...
Beijo de Luz!
Viveu e revive, Assis, que o poeta traz de volta cada momento, torna-o novamente presente e o oferta, assim, como vc faz agora, num poema que tem a sua marca e os nossos olhos atentos. Parabéns sempre, poeta!
Beijos,
boneca plebeia...na quinta no cais.Na sexta´os restos mortais.
Assim são as bonecas...de porcelana!
L.B.
O verbo do infinito no pretérito mais-que-perfeito. Aqui está.
ASSIS!
Se atiçou os folguedos da bonequinha, viva para des-atiçar! Tadinha da bonequinha!
Beijos, poeta MIL!
Mirze
ASSIS!
Se atiçou os folguedos da bonequinha, viva para des-atiçar! Tadinha da bonequinha!
Beijos, poeta MIL!
Mirze
Há imagens que ficam para sempre.
cheiros
a grandiosidade dos teus versos é magnífica...te seguirei amigo poeta...
continue escrevendo...
carpedien
Se os títulos já são poema, os versos são encanto permanente...
Abraço
Senti novos bálsamos no ar...
Beijinhos!
imagens mentais infinitas:
mary lyns agitando cabelos e atiçando cabeças;
cais de água fervilhante;
sangue, muito sangue em ebulição do lado de dentro e de fora.
poema no infinito pessoal, este.
um abraço, poeta!
Assis,
Um encantamento esses versos ...
:)
BjO.
A bailarina dança para quem olha, encanta quem permite tocar-se pelo gesto! Assis não deixei de ler-te aqui, é irresistível a tua poesia! Beijos
Olá, vim conhecer seu blog, li alguns de seus poemas, gostei muito, espero que atinja seu objetivo.
beijos e boa noite.
Belas imagens!
Cheiro
assis,
a pequena a la mary lin esternizou-se!
bonequinha de luxo a sua.
gostei muito das imagens, principalmente: "esperando a ventania de todas as ocasiões",
descreveu perfeitamente os anseios da tal.
um beijo.
e vivemos eternos infinitos em folquedos querido Assis..
encantador!
beijo.
Mas que maluquice adorável! :)
Estou entre o riso e a lágrima, brincando com essa bonequinha cômica e trágica e em dúvida se dou a ela vida ou se a mando para caixa.
beijo*
lança
lança-chamas
beijos
Laura
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