nestes teus pés habita a melancolia
que evoca a si mesma e não é triste
levita na embriaguez enlanguescida
eu que daqui te tenho contemplação
escrevo em bemol as tontas carícias
cuja leveza adorna o rito que excita
o ar que se respira é ouro, harmonia
como se fossemos eterna amálgama
na claridade reveladora das delícias
*inspirado em La chambre double
Charles Baudelaire (1821-1867)
10 comentários:
Fantasia em harmonia de corpo e alma...abraços meu amigo,,,um belo final de semana e um Feliz Natal pra você e todos os seus...
querido amigo,
nestes meus hiatos que se alongam por quase uma semana, vejo o que tenho perdido: a voz nas vozes. nenhum texto o é apenas em si mesmo; completa-se com outros e nos outros. pois, lendo-te/vos, afirmo e reafirmo que a tua voz combina em maestria com a de alguns dos maiores. t.s.eliot, baudelaire, shelley, keats, ah, quanto deles me ajudou a crescer... adoraria ler um diálogo teu com walt whitman.
não sei se amanhã terei o ensejo de passar por cá, mas na eventualidade de isso não suceder, deixo-te um abraço natalício, desejando que a tua voz complete os 1001 suspiros em 2012, como está previsto, mas junto com esses, muitos outros venham, também.
um grande abraço, assis!
Ah, como sou tonta, Assis, não descobri no primeiro olhar quem tu eras na festa do circo! rs Mas não demorou tanto e te achei sim! rs
Beijos
maravilha de cascata Assis, em todos os tons maiores! beijos
Nessa festa, a cascata à quatro mãos,
revela que o poeta trabalha com maestria com qualquer dos grandes nomes.
A claridade revela e enleva!
Beijo
Feliz Natal.
Mirze
Olá menino
Lhe desejo um Feliz Natal e um 2012 cheio de inspiração e muito amor.
Grande abraço
Poesia é isso, poesia é isso...
Foi-se o ar, fica a contemplação.
Bjos, meu amigo.
Ouro é a sua poesia, Assis.
Feliz Natal!
para ouvir ao som de "fantasia leiga para um rio seco"
Altas inspirações, Assis!
"ofício de exasperar desafios
um mar que não cessa nos olhos
a alma que paira alada
a semente acalentada de um sonho
dos pés brotam o ímpeto dos sentidos
e o homem se consome de extravios
"a poesia da terra jamais cessa"
na palavra está a sagração do tempo
cuja leveza adorna o rito que excita"
trembãodimais, sô
beijos e feliz tudo de bom com muitas delícias
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