encarece de soslaio as moitas no sertão
escarnece ajuntamento de muitas vidas
até o vento quando ali passa faz visita
por tantos olhos encantados de multidão
no tempo de eu menino gestava rebuliço
colocar toco de pau atiçando a touceira
meu pai dava castigo de gesto e mudez
para nunca mais a gente se repetir no ato
o mano certa vez se deparou na cascavel
que enraizada na toca chocava suas crias
correu até os olhos suarem roxo de medo
levou dias até se aventurar n’outra arrelia
nem sempre meneio se perdoa distração
contam de muita gente que no não saber
ficou definhando até o osso se exasperar
e morrer na ignorância do muito silencio
cumprem-se de resguardo essas veredas
para não excitar sibilos que se aguardam
também de bom alvitre é mesura no passo
pois quem sabe da trilha não oxida rastro