quarta-feira, 16 de maio de 2012

951 - berceuse de náufrago para refúgio de temporal


dos olhos quero a dobradura do pranto
o mar desavisado a banhar-me o canto

do peito perquiro naus e refúgio de vela
o feitiço de cordas rugindo em rebuliço

do coração nada posso intuir em prece
há o desvão de sílabas em passo célere

10 comentários:

Everson Russo disse...

Esse coração que tanto sente essa imensidão de mar...abraços de bom dia.

Adriana Godoy disse...

Eta! Eta! Gostei da ideia! O título mais ainda. beijo

Unknown disse...

Bárbaro!

"A DOBRADURA DO PRANTO", já faria o poema tão belo.

Beijo

Mirze

Cris de Souza disse...

do temporal quero o refúgio dos olhos.

beijo!

Lídia Borges disse...

"do coração nada posso intuir em prece
há o desvão de sílabas em passo célere"

Levo estes versos e deixo-me reverencial.

Um beijo

Primeira Pessoa disse...

e há um poema a bombordo.

e um poeta soprando versos a noroeste.

Anônimo disse...

Não se pode pedir demais de certos órgãos. Precisa-se de espaço para o som do mar, que vem bater em retirada.

Beijo.

Daniela Delias disse...

"Se um veleiro repousasse na palma da minha mão..."

Que bonito

Bjo

Jorge Pimenta disse...

al berto e o mar:
"os barcos deixaram de fazer escala á minha porta"...

Jorge Pimenta disse...
Este comentário foi removido pelo autor.