para os longínquos caminhos não tenho asas
mas os pés incitam o corpo para a levitação
compartilho o sentido de elevação das aves
faço do canto o pastoreio das nuvens
e quando me cansam esses ares de poeira
deposito as incoerências nos galhos altos
assim me livro dos escombros do dia-a-dia
faço dos campanários meus precipícios
para os longínquos caminhos não tenho asas
mas os pés incitam os olhos a contemplação
compartilho o naufrágio distraído da manhã
faço dos heliantos a rota cega do entardecer
10 comentários:
...do canto na aurora, tua marcha - guia que escoa lírica no partilhar de um outro momento, num esse instante.
Minha prece matinal com a marcha dos heliantos: amém, Assis!
Beijos,
Longínquos caminhos de lenta marcha da vida...abraços de bom dia.
Saberemos voar mesmo sem asas?
Beijinho
LauraAlberto
há de se voar sem asas na rota do heliantos levando-nos juntos, no rastro de suas palavras.
abraço.
Ei Assis, estou lendo teu livro aos poucos. Tem me proporcionado preciosos momentos. Assim como a tua poesia, mas claro assim que terminar te digo minhas impressões. Beijos
Assis querido, longínqua é minha marcha, as vzs piso duro, mas nada importa. Tenho pés.
Saudade gigante, bjs
um dos mais lindos que já li...
e tem nuvens, precipícios e heliantos que são coisas que me habitam e me encantam
beijo, poeta Assis!
Inspiradíssimos versos, amigo Assis.
Beijo beijo.
queria voar nas asas dos teus versos Assis..
me saberia bem hoje..
beijos amigo poeta..
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