segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

788 - ciranda para longínqua marcha de heliantos

para os longínquos caminhos não tenho asas
mas os pés incitam o corpo para a levitação
compartilho o sentido de elevação das aves
faço do canto o pastoreio das nuvens

e quando me cansam esses ares de poeira
deposito as incoerências nos galhos altos
assim me livro dos escombros do dia-a-dia
faço dos campanários meus precipícios

para os longínquos caminhos não tenho asas
mas os pés incitam os olhos a contemplação
compartilho o naufrágio distraído da manhã
faço dos heliantos a rota cega do entardecer

10 comentários:

Rejane Martins disse...

...do canto na aurora, tua marcha - guia que escoa lírica no partilhar de um outro momento, num esse instante.

Tania regina Contreiras disse...

Minha prece matinal com a marcha dos heliantos: amém, Assis!
Beijos,

Everson Russo disse...

Longínquos caminhos de lenta marcha da vida...abraços de bom dia.

Anônimo disse...

Saberemos voar mesmo sem asas?
Beijinho
LauraAlberto

Celso Mendes disse...

há de se voar sem asas na rota do heliantos levando-nos juntos, no rastro de suas palavras.

abraço.

Luiza Maciel Nogueira disse...

Ei Assis, estou lendo teu livro aos poucos. Tem me proporcionado preciosos momentos. Assim como a tua poesia, mas claro assim que terminar te digo minhas impressões. Beijos

Ira Buscacio disse...

Assis querido, longínqua é minha marcha, as vzs piso duro, mas nada importa. Tenho pés.
Saudade gigante, bjs

Andrea de Godoy Neto disse...

um dos mais lindos que já li...

e tem nuvens, precipícios e heliantos que são coisas que me habitam e me encantam

beijo, poeta Assis!

dade amorim disse...

Inspiradíssimos versos, amigo Assis.

Beijo beijo.

Ingrid disse...

queria voar nas asas dos teus versos Assis..
me saberia bem hoje..
beijos amigo poeta..