ouço da floresta o brilho do teu eco
“No bird soars too high,
if she soars with her own wings”
pois das asas não espero voo
são setas de agudos que se elevam
e o céu repercute em nuvem travessa
dos pés brotam o ímpeto dos sentidos
que alma absorve em barro tosco
na ramagem que desenha a estrada
até o galo precisa de outros cantos
para fazer o cortejo da alvorada
assim como o pássaro carrega
no peito a terna sede de assovios
pois da teia se consome a aranha,
a cobra em silente caminho
e o homem se consome de extravios
*inspirado em The Proverbs of Hell
William Blake (1757-1827)
10 comentários:
Poema intenso de pio pro fundo, Assis, núncia de tempestade, beleza rara.
Ecos da alma meu amigo...abraços.
E em extravios vamos nos consumindo.
Beleza de poema.
Abraço.
Das asas, espero que não se quebrem...
beijos, Assis :)
Cada vez melhor Assis! Beijos.
denso, quase que pode ser dito que também foi escrito do inferno, mesmo que da entrada
abraço
Lauraalberto
William Blake e Assis Freitas!
Vozes assim que cantam como os pássaros, alcançam o consumir dos extravios!
Bárbaro!
Beijo
Mirze
bah, Assis! inspiradíssimo em Blake...
e nos extravios que nos consomem
beijo!
As parcerias estão cada vez melhores.
O último terceto é de arrepiar.
Beijo, Assis.
Olá! Assis, tenho lido e gostado muito dos seus poemas, Volta amanhã.
Janice.
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